O que é Escrita de Conteúdo? 13 Dicas Para Criar Ótimo Conteúdo

O que é Escrita de Conteúdo? 13 Dicas Para Criar Ótimo Conteúdo

Avatar
Marketing @ Ahrefs. Projeto de aprendizagem atual: Coreano. Eu também resumo livros no meu blog pessoal.
Na Ahrefs, escreve­mos muito con­teú­do. Temos mais de 320 pub­li­cações de blog e mais de 200 vídeos pub­li­ca­dos no nos­so canal do YouTube, a maio­r­ia com guia.

Não pre­cisamos de afir­mar que sabe­mos algu­ma coisa sobre a cri­ação de con­teú­do ide­al que o seu públi­co quer efe­ti­va­mente consumir.

Neste blog, abor­dare­mos 13 práti­cas recomen­dadas que pode aplicar à sua própria escri­ta de con­teú­do. Mas antes, fique­mos com algu­mas noções básicas:

A escri­ta de con­teú­do é o proces­so de pesquisa, planea­men­to, escri­ta, edição e pub­li­cação de con­teú­do para a web. Pode ser uma pub­li­cação de blog, guião de vídeo, pági­na de ven­das – qual­quer coisa que seja pub­li­ca­da online.

Escri­ta de con­teú­do é impor­tante pois o con­teú­do tem o poder de ajudá-lo a atrair e reter clientes.

Isto é chama­do de mar­ket­ing de con­teú­do, e é por isso que está a ler sobre escri­ta de con­teú­do no blog da Ahrefs. Ao educá-lo sobre a importân­cia e as práti­cas recomen­dadas para escri­ta de con­teú­do, esper­amos aumen­tar a sua con­sciên­cia, inter­esse e deman­da pelo nos­so produto.

Toda a gente tem a sua própria opinião sobre como escr­ev­er o mel­hor con­teú­do. As mel­hores práti­cas que com­par­til­ho abaixo são ape­nas aque­las que desco­b­ri­mos serem ver­dadeiras ao lon­go dos anos e as que nos aju­daram a pros­per­ar nos nos­sos esforços de cri­ação de con­teú­do.

1. Use um template (modelo)

Você não pre­cisa de começar a escr­ev­er con­teú­do do zero. A maio­r­ia enquadra-se nal­guns tipos – lis­tas, guias de instruções, revisões e por aí adi­ante. Por essa razão, exis­tem mod­e­los para estes. Pode uti­lizá-los como a sua base e preencher com a sua pesquisa.

Na ver­dade, esta­mos a usar um mod­e­lo para este blog.

Como saber qual o tem­plate a usar?

Depende do seu obje­ti­vo. Mas se dese­ja que o seu con­teú­do escrito ten­ha maior hipótese de ter uma clas­si­fi­cação alta no Google e atrair tráfego orgâni­co, escol­ha um que este­ja alin­hado com o que as pes­soas estão a pesquisar.

Por exem­p­lo, se pesquis­ar no Google “con­tent writ­ing” (o que provavel­mente já fez), verá que exis­tem algu­mas pub­li­cações de lista classificadas.

É por isto que opta­mos por este ângu­lo — porque os resul­ta­dos de clas­si­fi­cação mais alta são um bom rep­re­sen­ta­ti­vo do que os pesquisadores dese­jam ver e, como resul­ta­do, o que o Google provavel­mente irá classificar.

2. Crie um esboço comprovado

Emb­o­ra um tem­plate seja sufi­ciente para o faz­er começar, pode não saber exata­mente sobre o que vai escrever.

Por exem­p­lo, atin­giríamos o blo­queio de escri­ta rap­i­da­mente se ten­tásse­mos escr­ev­er este blog do iní­cio ao fim sem detal­har um esboço.

Veja como se parece para este artigo:

Como desco­b­ri­mos quais os pon­tos a incluir? Alguns dos pon­tos são as nos­sas ideias úni­cas, mas tam­bém nos inspirá­mos em pági­nas mais bem classificadas.

Mais especi­fi­ca­mente, procu­ramos temas e pon­tos comuns entre elas para enten­der mel­hor os tipos de per­gun­tas às quais as pes­soas quere­ri­am respostas e quais os tipos de con­sel­hos que procuravam.

Por exem­p­lo, usan­do o relatório on-page gra­tu­ito na bar­ra de SEO Tool­bar da Ahrefs, podemos ver alguns temas comuns nos sub­tí­tu­los das pági­nas mais bem classificadas.

Irá reparar, ao ler este blog, que incluí­mos pon­tos semelhantes.

3. Torne o conteúdo digno de partilha

As pes­soas par­til­ham con­teú­do por todos os tipos de motivos. Jon­ah Berg­er desta­ca alguns no seu livro best-sell­er, “Con­tá­gio”. As pes­soas par­til­ham coisas porque:

1. Faz com que pareçam bem ou aju­da a sus­ten­tar o seu próprio pon­to de vista/narrativa.

2. Faz com que sin­tam algum tipo de emoção, por exem­p­lo, rai­va, admi­ração, feli­ci­dade, etc.

3. Está rela­ciona­do a even­tos da atualidade.

4. Ofer­ece val­or práti­co ou utilidade.

5. Já foi com­par­til­ha­do por muitos outros.

Vamos focar a nos­sa atenção no #5.

Obter algu­mas par­til­has ini­ci­ais é a chave para colo­car o volante em anda­men­to, e uma maneira de o faz­er é cri­ar “gatil­hos de par­til­ha” no seu conteúdo.

Você pode encon­trar “gatil­hos de par­til­ha” procu­ran­do por motivos comuns de link no per­fil de back­link de uma pági­na semel­hante, pois os links são uma for­ma de partilha.

Veja como:

  1. Vá para o Key­words Explor­er da Ahrefs
  2. Pro­cure por um tópi­co sobre o qual está a escrever
  3. Olhe para a SERP overview
  4. Encon­tre um arti­go semel­hante com bas­tantes domínios de referência
  5. Clique no número na col­u­na de Back­links
  6. Per­cor­ra as col­u­nas Anchor and tar­get URL para pon­tos em comum

Por exem­p­lo, se fiz­er­mos isto para a pub­li­cação do Big Com­merce sobre mar­ket­ing de afil­i­a­dos, ver­e­mos que algu­mas pes­soas se estão a vin­cu­lar por causa das estatís­ti­cas men­cionadas (provavel­mente dev­i­do à prin­ci­pal #1).

Se está a escr­ev­er sobre o mes­mo tópi­co, men­cionar estas ou out­ras estatís­ti­cas semel­hantes irá muito provavel­mente impul­sion­ar as partilhas.

4. Dê à sua publicação um ângulo único

Mais de 3,5 mil­hões de pub­li­cações em blogs são pub­li­cadas todos os dias. Se quer com­pe­tir, tem que se destacar. Difer­en­cie-se abor­dan­do o tópi­co escol­hi­do através de um ângu­lo único.

Aqui está um exem­p­lo. A pro­cras­ti­nação não é um tema novo. No entan­to, o blog de Tim Urban sobre pro­cras­ti­nação é um dos mais pop­u­lares no seu site (ou talvez até na inter­net). Porquê? Porque ele abor­dou o tema num ângu­lo nun­ca antes visto.

Em vez de um dis­cur­so de autoa­ju­da sobre os peri­gos da pro­cras­ti­nação, ele decid­iu explicar por que é que isso acon­tece, usan­do ilus­trações fofas: o Maca­co da Grat­i­fi­cação Instan­tânea, o Mon­stro do Pâni­co, etc.

Emb­o­ra não exis­tam maneiras infalíveis de cri­ar “ângu­los”, aqui estão alguns mod­e­los men­tais que pode considerar:

  • Exper­iên­cia pes­soal – Já ten­tou faz­er algo antes? Con­te sobre a sua exper­iên­cia e as suas lições apren­di­das. Fize­mos isto com nos­so blog sobre divul­gação por e‑mail e cer­ti­fi­cações de SEO.
  • Autori­dade – É um espe­cial­ista na área com capaci­dade de ofer­e­cer insights exclu­sivos? Então, não fuja dis­so. Pelo con­trário, se você não é um espe­cial­ista, pode entre­vis­tar um? Fize­mos isso com o nos­so blog sobre as mul­tas do Google.
  • Crowd­source – Obten­ha opiniões de alguns espe­cial­is­tas, tal como fize­mos no nos­so blog de descrição do tra­bal­ho de SEO.
  • Dados – Dê evidên­cias e números por detrás de reivin­di­cações pop­u­lares no seu nicho. Veja os nos­sos estu­dos sobre con­strução de links recípro­cos e taman­ho de pub­li­cações de blog.
  • Con­trari­ar – O que acon­tece se fiz­er o opos­to do que os out­ros fizeram?

5. Estabeleça credibilidade

Não espere que as pes­soas acred­item em si des­de o iní­cio. Diga-lhes por que moti­vo eles dev­e­ri­am acred­i­tar em si. Porquê você entre todas as pessoas?

  • É um espe­cial­ista no setor? Tem as cre­den­ci­ais para provar isso? As pes­soas podem ter garan­tias por si?
  • Tem dados ou evidên­cias que com­pro­vem as suas alegações?
  • Já fez o que disse antes? Você exper­i­men­tou ou testou?

Como pode ver, a maio­r­ia das per­gun­tas está rela­ciona­da ao seu ângu­lo. O ângu­lo que escol­her para o seu tópi­co irá aju­dar a esta­b­ele­cer a cred­i­bil­i­dade de que pre­cisa. Mas não pare por aí. Diga-lhes.

Volte até a intro­dução deste blog. Eu disse que temos mui­ta exper­iên­cia na cri­ação e pub­li­cação de con­teú­do – cen­te­nas deles, na verdade.

Vê o que eu fiz? 😉

6. Mostre, não diga

Dar con­sel­hos é fácil. Mas não deixe o seu públi­co na mão. Mostre-lhes exata­mente aqui­lo que quer diz­er e como é que pode ser feito. Inclua sem­pre exem­p­los do que está a falar.

Por exem­p­lo (obser­vou o que eu fiz?), quan­do falam­os em cri­ar metas de SEO, não damos ape­nas o frame­work. Fornece­mos três exem­p­los de obje­tivos difer­entes e como é que eles se pare­cem na realidade.

7. Construa um título cativante

As pes­soas não cli­cam no seu post se o títu­lo for abor­reci­do e sem inspiração.

Pre­cisa de cri­ar títu­los irre­sistíveis que captem a atenção das pes­soas e as façam quer­er apren­der mais sobre o que está a falar.

Use a nos­sa fór­mu­la de três passos:

  1. Escol­ha um for­ma­to O for­ma­to de con­teú­do que escol­her (lista, guia, revisão, etc.) deter­mi­nará a aparên­cia do seu título.
  2. Adi­cione um ângu­lo vence­dor Se já escol­heu o ângu­lo (a par­tir do pon­to 3), cer­ti­fique-se de infor­mar o poten­cial leitor sobre isso mesmo.
  3. Torne‑o humano Use adje­tivos ou fig­uras de esti­lo semel­hantes a como você próprio descreve­ria casual­mente o arti­go para o seu mel­hor ami­go, por exem­p­lo, numa con­ver­sa de café.

Leitu­ra recomen­da­da: Como Escr­ev­er um Títu­lo Irresís­tiv­el em 3 Sim­ples Passos

8. Comece a sua introdução com a fórmula PAS

Os títu­los con­vencem as pes­soas a clicar. As intro­duções con­vencem as pes­soas a ler.

Use a fór­mu­la PAS (em por­tuguês, “Prob­le­ma-Agi­tação-Solução”) para cri­ar uma intro­dução cati­vante. Usamos isto com bas­tante reg­u­lar­i­dade no nos­so blog.

Como é que fun­ciona? Começa por descr­ev­er o prob­le­ma:

Depois, agi­ta o prob­le­ma indo mais fun­do nas suas dores:

Final­mente, mostra o cam­in­ho ao dar uma solução:

9. Torne a sua publicação fácil de ler com a fórmula ASMR

Não há nada mais assus­ta­dor do que uma parede de texto.

Se o seu arti­go se pare­cer com isto, irá afu­gen­tar as pes­soas. Parta‑o.

Uma boa escri­ta de con­teú­do cria uma leitu­ra sem esforço. Use a fór­mu­la ASMR para estru­tu­rar o seu con­teú­do, de for­ma a facil­i­tar a leitura:

  • Anno­tate (Ano­tar) – Inclua notas lat­erais, citações em blo­co, caixas de tex­to explica­ti­vo e out­ros elementos.
  • Short sen­tences and para­graphs (Fras­es e pará­grafos cur­tos) – Use o edi­tor Hem­ing­way para encon­trar fras­es lon­gas, com­plexas e reduzi-las.
  • Multi­me­dia (Mul­ti­mí­dia) – Use vídeos, ima­gens, GIFs e incor­po­rações de tweets para ilus­trar os seus pontos.
  • Read your con­tent out loud (Leia o seu con­teú­do em voz alta) – Des­cubra as partes onde a sua escri­ta não flui suavemente.

10. Escreva como fala

Escri­ta de con­teú­do na web é amigáv­el e pes­soal. É como con­ver­sar com um ami­go. Não há neces­si­dade de adi­cionar palavras grandes ou escr­ev­er como se estivesse a pub­licar na Nature.

O seu obje­ti­vo é comu­nicar, e não impres­sion­ar as pes­soas com seu exten­so vocab­ulário. Por­tan­to, man­ten­ha-se casu­al e escre­va como fala.

11. Obtenha feedback sobre a sua escrita

Como cri­ador, você está muito próx­i­mo do seu tra­bal­ho. Não será capaz de iden­ti­ficar os seus erros. É por isso que a opinião de uma segun­da pes­soa pode ser inestimável.

Na ver­dade, na Ahrefs, todas as pub­li­cações de blog e guiões que escreve­mos são sub­meti­dos a esse proces­so. Nós revezamo-nos para ler os ras­cun­hos uns dos out­ros e ofer­e­cer feed­back. Apon­ta­mos coisas como fal­tas lóg­i­cas, fluxo instáv­el, pon­tos pouco claros, fras­es mal for­mu­ladas, e assim por diante.

Até deix­am­os os nos­sos leitores saberem que cada arti­go não é o tra­bal­ho de uma pes­soa. Em vez dis­so, é o esforço de muitas pes­soas que tra­bal­ham jun­tas para torná-lo ótimo.

Mes­mo que este­ja a tra­bal­har soz­in­ho, pode obter infor­mações de out­ra pes­soa. Pode ser o seu côn­juge, a sua família ou até mes­mo os seus cole­gas de tra­bal­ho. Se necessário, junte-se a comu­nidades de escrita.

A con­tribuição de out­ros tornará seu tra­bal­ho muito melhor.

12. Responda às perguntas que as pessoas estão a fazer

Se as pes­soas estão à procu­ra de respostas para as suas per­gun­tas, é assim que você sabe que essas per­gun­tas são bons tópi­cos para escrever.

A maneira mais fácil de encon­trar essas per­gun­tas é usar uma fer­ra­men­ta gra­tui­ta de pesquisa de palavras-chave. Veja como fazer:

  1. Vá para a fer­ra­men­ta ger­ado­ra de palavras-chave gra­tui­ta da Ahrefs
  2. Insira um tópi­co amp­lo rela­ciona­do ao seu nicho ou site (por exem­p­lo, café, chá)
  3. Alterne a guia Per­gun­tas

Verá uma lista de per­gun­tas rela­cionadas com o tópi­co inseri­do. Essas per­gun­tas são lis­tadas na ordem do vol­ume de pesquisa, isto é, em média, quan­tas vezes por mês as pes­soas pesquisam a sua palavra-chave alvo.

Quan­to maior o vol­ume de pesquisa, mais pes­soas estão à procu­ra desse tópico.

Exam­ine a lista e anote todas as per­gun­tas rel­e­vantes que você pode­ria respon­der com uma pub­li­cação no blog.

Leitu­ra Recomen­da­da: Pesquisa de Palavras-Chave: Um Guia para Prin­cipi­antes pela Ahrefs

13. Mantenha um livro comum

Como é que cria ângu­los e ideias úni­cas con­stan­te­mente para o seu conteúdo?

A respos­ta mais sim­ples é que, como reda­tor, você dev­e­ria estar sem­pre a pesquis­ar. Sejam livros, vídeos do YouTube, arti­gos ou pod­casts, dev­erá con­sumir con­teú­do e apri­morar o seu con­hec­i­men­to no seu cam­po de atividade.

De segui­da, armazene o seu con­hec­i­men­to recém-descober­to num livro comum.

O que é um livro comum?

De acor­do com Ryan Hol­i­day, um livro comum é:

… um recur­so cen­tral ou ban­co de ideias, citações, ane­do­tas, obser­vações e infor­mações que encon­trará durante a sua vida, assim como ativi­dades didáti­cas. O obje­ti­vo do livro é reg­is­tar e orga­ni­zar essas memórias para uso pos­te­ri­or ao lon­go da vida, nos seus negó­cios, na sua escri­ta, fala ou o que quer que você faça. 

Com este recur­so ao seu lado, não pre­cisa de procu­rar ideias na hora de escr­ev­er. Bas­ta retirá-las do seu livro comum.

Pes­soal­mente, eu man­ten­ho meu livro comum sobre Noção. Aqui está uma noção de como fica:

Este é o meu primeiro pon­to de par­ti­da antes de redi­gir qual­quer um dos meus blogs.

Considerações finais

Para escr­ev­er óti­mo con­teú­do, você pre­cisa de escr­ev­er.

Mas se esper­ar que a inspi­ração chegue antes de colo­car a cane­ta no papel, nun­ca pub­li­cará nada. Em vez dis­so, recomen­do com­pro­m­e­ter-se com um cal­endário de con­teú­do. Este é basi­ca­mente um crono­gra­ma sobre quan­do dese­ja pub­licar novo con­teú­do e qual é o con­teú­do que dese­ja publicar.

Definir pra­zos irá man­tê-lo hon­esto, evi­tar a pro­cras­ti­nação e obrigá-lo a publicar.

Como disse cer­ta vez o famoso dra­matur­go Som­er­set Maugham:

Escre­vo ape­nas quan­do a inspi­ração aparece em força. Feliz­mente, ela bate à por­ta todas as man­hãs às nove horas em ponto. 

Esque­ci-me de algu­ma dica impor­tante sobre escri­ta de con­teú­do (con­tent writ­ing)? Diga-me no Twit­ter.