Como Funcionam os Motores de Pesquisa? Guia para Iniciantes

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Diretor de conteúdo da Ahrefs (ou, de forma simplificada, sou o responsável por garantir que cada artigo no blog que aqui publicamos é ÉPICO).
Os motores de pesquisa fun­cionam através do ras­treio da web uti­lizan­do bots chama­dos de spi­ders. Estes ras­treadores da web seguem efe­ti­va­mente as lig­ações de uma pági­na para out­ra para encon­trar novo con­teú­do a ser adi­ciona­do ao índice de pesquisa. Quan­do uti­liza um motor de pesquisa, os resul­ta­dos rel­e­vantes são extraí­dos do índice e posi­ciona­dos uti­lizan­do um algoritmo.

Se isto parece com­pli­ca­do, é porque é. Mas se dese­ja ter um posi­ciona­men­to mais ele­va­do nos motores de pesquisa para obter mais tráfego para o seu web­site, pre­cisa ter um con­hec­i­men­to bási­co de como os motores de pesquisa encon­tram, index­am e posi­cionam o conteúdo.

Isso é o que apren­derá neste guia.

Con­tents

Antes de entrar­mos nas questões téc­ni­cas, vamos primeiro cer­ti­fi­car­mo-nos de que enten­demos o que os motores de pesquisa real­mente são, por que exis­tem e por que são importantes.

O que são motores de pesquisa?

Os motores de pesquisa são fer­ra­men­tas que local­izam e posi­cionam o con­teú­do da inter­net que cor­re­sponde à frase de pesquisa do utilizador.

Cada motor de pesquisa con­siste em duas grandes partes:

  1. Indíce de pesquisa. Uma bib­liote­ca dig­i­tal de infor­mações sobre pági­nas web. 
  2. Algoritmo(s) de pesquisa. Programa(s) infor­máti­cos que posiciona(m) os resul­ta­dos cor­re­spon­dentes do índice de pesquisa.

Exem­p­los pop­u­lares de motores de pesquisa incluem Google, Bing, e DuckDuckGo.

Qual é o objetivo dos motores de pesquisa?

Cada motor de pesquisa tem como obje­ti­vo fornecer os mel­hores e mais rel­e­vantes para os uti­lizadores. É assim que obtêm ou man­têm a quo­ta de mer­ca­do — pelo menos em teoria.

Como os motores de pesquisa ganham dinheiro?

Os motores de pesquisa apre­sen­tam dois tipo de resul­ta­dos de pesquisa:

  • Resul­ta­dos orgâni­cos do índice de pesquisa. Não poderá pagar para apare­cer aqui.
  • Resul­ta­dos pagos de anun­ciantes. Pode pagar e apare­cer aqui.

Cada vez que alguém cli­ca num resul­ta­do de pesquisa pago, o anun­ciante paga ao motor de pesquisa. Isto é con­heci­do como pub­li­ci­dade paga por clique (PPC — pay-per-click, em inglês). 

É por isso que a quo­ta de mer­ca­do impor­ta. Mais uti­lizadores sig­nifi­cam mais cliques em anún­cios e mais receita.

Por que se deve preocupar com o funcionamento dos motores de pesquisa?

Enten­der como os motores de pesquisa encon­tram, index­am e posi­cionam o con­teú­do o aju­dará a clas­si­ficar o seu web­site nos resul­ta­dos de pesquisa orgâni­ca para palavras-chave rel­e­vantes e populares.

Se con­seguir um posi­ciona­men­to alto para essas con­sul­tas, obterá mais cliques e tráfego orgâni­co para o seu conteúdo.

Qual é o motor de pesquisa mais popular?

O Google. Ele tem 92% de quo­ta de mer­ca­do.

O Google é o motor de pesquisa com o qual a maio­r­ia dos profis­sion­ais de SEO e pro­pri­etários de web­sites se pre­ocu­pam, pois tem o poten­cial de lhes con­seguir mais tráfego do que qual­quer out­ro motor de pesquisa.


A maio­r­ia dos motores de pesquisa con­heci­dos, como Google e Bing, têm tril­iões de pági­nas nos seus índices de pesquisa. Por­tan­to, antes de falar­mos sobre algo­rit­mos de posi­ciona­men­to, vamos apro­fun­dar os mecan­is­mos uti­liza­dos ​​para con­stru­ir e man­ter um índice da web.

Aqui está o proces­so bási­co, corte­sia do Google:

Vamos dividir isto, passo-a-passo:

  1. URLs
  2. Ras­treio
  3. Proces­sa­men­to e renderização
  4. Index­ação
Nota adi­cional.
O proces­so abaixo apli­ca-se especi­fi­ca­mente ao Google, mas provavel­mente é muito semel­hante para out­ros motores de pesquisa na web, como o Bing. Exis­tem out­ros tipos de motores de bus­ca como Ama­zon, YouTube e Wikipedia que mostram ape­nas os resul­ta­dos dos seus websites. 

Passo 1. URLs

Tudo começa com uma lista con­heci­da de URLs. O Google desco­bre-as através de vari­a­dos proces­sos, mas estes são os três mais comuns: 

Através de backlinks

O Google já pos­sui um índice que con­tém tril­iões de pági­nas da web. Se alguém adi­cionar uma lig­ação para uma das suas pági­nas a par­tir de uma destas pági­nas da web, eles poderão encon­trá-lo lá.

Pode ver os back­links do seu web­site, gra­tuita­mente, uti­lizan­do o Explo­rador de Web­sites com a Fer­ra­men­ta para Web­mas­ters da Ahrefs.

  1. Inscre­va-se numa con­ta gra­tui­ta da Fer­ra­men­ta para Web­mas­ters da Ahrefs
  2. Cole o seu domínio no Explo­rador de Websites
  3. Vá ao relatório Back­links.

O nos­so ras­treador é o segun­do mais ati­vo depois do Google, por­tan­to, deve ter uma visão razoavel­mente com­ple­ta dos seus back­links aqui.

Através de sitemaps

Os sitemaps lis­tam todas as pági­nas impor­tantes do seu web­site. Se enviar o seu sitemap para o Google, pode ajudá-los a desco­brir o seu web­site mais rápido.

Através do envio de URL

O Google tam­bém per­mite o envio de URLs indi­vid­u­ais através do Google Search Console.

Passo 2. Rastreio

O ras­treio é onde um bot infor­máti­co con­heci­do como spi­der (por exem­p­lo, o Google­bot) visi­ta e faz down­load das pági­nas descobertas.

É impor­tante obser­var que o Google nem sem­pre ras­treia as pági­nas na ordem em que as descobre.

O Google colo­ca na fila URLs para ras­treio com base em alguns fatores, incluindo:

  • o PageR­ank do URL
  • quan­tas vezes muda o URL 
  • se é ou não novo

Isto é impor­tante porque sig­nifi­ca que os motores de pesquisa podem ras­trear e indexar algu­mas das suas pági­nas antes de out­ras. Se tiv­er um web­site grande, pode demor­ar um pouco para que os motores de pesquisa o ras­treiem totalmente.

Passo 3. Processamento

O proces­sa­men­to é onde o Google tra­bal­ha para enten­der e extrair infor­mações impor­tantes das pági­nas ras­treadas. Ninguém fora do Google con­hece todos os detal­h­es sobre este proces­so, mas as partes impor­tantes para a nos­sa com­preen­são são a extração de lig­ações e o armazena­men­to de con­teú­do para indexação.

O Google tem que ren­derizar as pági­nas para processá-las total­mente, que é quan­do o Google exe­cu­ta o códi­go da pági­na para enten­der como ela é mostra­da aos utilizadores.

Dito isto, algum proces­sa­men­to ocorre antes e depois da ren­der­iza­ção — como pode ver no diagrama.

Passo 4. Indexação

A index­ação é quan­do as infor­mações proces­sadas das pági­nas ras­treadas são adi­cionadas a uma grande base de dados chama­da índice de pesquisa. Esta é essen­cial­mente uma bib­liote­ca dig­i­tal de tril­iões de pági­nas da inter­net de onde vêm os resul­ta­dos de pesquisa do Google.

Este é um pon­to impor­tante. Quan­do faz uma con­sul­ta num motor de pesquisa, não está a pesquis­ar dire­ta­mente na Inter­net os resul­ta­dos cor­re­spon­dentes. Está a pesquis­ar no índice de um motor de pesquisa de pági­nas da inter­net. Se uma pági­na web não estiv­er no índice de pesquisa, os uti­lizadores do motor de pesquisa não a encon­trarão. É por isso que ter o seu web­site index­a­do nos prin­ci­pais motores de pesquisa como o Google e o Bing é tão importante.


Desco­brir, ras­trear e indexar con­teú­do é ape­nas a primeira parte do que­bra-cabeças. Os motores de pesquisa tam­bém neces­si­tam de uma for­ma de posi­cionar os resul­ta­dos cor­re­spon­dentes quan­do um uti­lizador real­iza uma pesquisa. Este é o tra­bal­ho dos algo­rit­mos dos motores de pesquisa.

Cada motor de pesquisa pos­sui algo­rit­mos exclu­sivos para posi­cionar as pági­nas da web. Mas como o Google é de longe o motor de pesquisa mais uti­liza­do (pelo menos no mun­do oci­den­tal), é nele que vamos nos con­cen­trar no restante deste guia.

O Google é famoso por ter mais de 200 fatores de posicionamento.

Ninguém sabe quais são todos estes fatores de posi­ciona­men­to, mas sabe­mos os principais.

Vamos dis­cu­tir alguns deles.

  • Back­links
  • Relevân­cia
  • Atu­al­i­dade
  • Autori­dade no tópico
  • Veloci­dade da página
  • Otimiza­ção para dis­pos­i­tivos móveis

Backlinks

Os back­links são um dos fatores de posi­ciona­men­to mais impor­tantes do Google.

Andrey Lipatt­sev, estrate­gista sénior de qual­i­dade de pesquisa do Google, confirmou‑o durante um webi­nar ao vivo em 2016. Quan­do ques­tion­a­do sobre os dois fatores de posi­ciona­men­to mais impor­tantes, a sua respos­ta foi sim­ples: con­teú­do e lig­ações.

Abso­lu­ta­mente. Pos­so diz­er quais são eles [os dois prin­ci­pais fatores de posi­ciona­men­to]. É con­teú­do. E são lig­ações que apon­tam para o seu website.

As lig­ações têm sido um fator impor­tante de posi­ciona­men­to no Google des­de 1997, quan­do eles intro­duzi­ram o PageR­ank, uma fór­mu­la para avaliar o val­or de uma pági­na da web com base na quan­ti­dade e qual­i­dade dos back­links que apon­tam para ela.

Quan­do anal­isamos mais de mil mil­hões de pági­nas, encon­tramos uma cor­re­lação clara entre o número de sites com lig­ações para uma pági­na e a quan­ti­dade de tráfego orgâni­co que obtém do Google.

Não obstante, nem tudo é uma questão de quan­ti­dade, porque nem todos os back­links são iguais. É per­feita­mente pos­sív­el que uma pági­na com alguns back­links de alta qual­i­dade ultra­passe uma pági­na com muitos back­links de baixa qualidade.

Exis­tem seis atrib­u­tos prin­ci­pais de um bom backlink.

Vamos exam­i­nar mais pro­fun­da­mente os dois mais impor­tantes: autori­dade e relevân­cia.

Autoridade da ligação

Os back­links de pági­nas e web­sites ofi­ci­ais geral­mente têm o maior impacto no posicionamento.

Como definir autori­dade? No con­tex­to de SEO, pági­nas e web­sites autoritários são aque­les que pos­suem muitos back­links ou “votos”.

Na Ahrefs, temos duas métri­c­as para esti­mar a autori­dade rel­a­ti­va de web­sites e páginas:

  • Clas­si­fi­cação de Domínio (DR — Domain Rat­ing, em inglês): A autori­dade rel­a­ti­va de um web­site numa escala de 0 a 100.
  • Clas­si­fi­cação de URL (UR — URL Rat­ing, em inglês): A autori­dade rel­a­ti­va de uma pági­na numa escala de 0 a 100.

Pode ver­i­ficar a autori­dade de qual­quer web­site ou pági­na da web no Explo­rador de Web­sites da Ahrefs.

Relevância da ligação

As lig­ações de web­sites e pági­nas rel­e­vantes são geral­mente as mais valiosas.

O Google fala sobre relevân­cia no con­tex­to do posi­ciona­men­to de pági­nas úteis na sua pági­na sobre como fun­ciona a pesquisa.

Se out­ros web­sites de destaque no assun­to dire­cionam para uma pági­na, é um bom sinal de que as infor­mações são de alta qualidade.

Se se per­gun­ta por que a relevân­cia é impor­tante, pense em como as coisas fun­cionam no mun­do real. Provavel­mente con­fi­aria nos con­sel­hos do seu ami­go chef ao procu­rar o mel­hor restau­rante ital­iano em vez dos con­sel­hos do seu ami­go vet­er­inário. Mas se estiv­er à procu­ra de recomen­dações de comi­da para gatos, seria ao contrário.

Relevância

O Google tem muitas for­mas de deter­mi­nar a relevân­cia de uma página.

No nív­el mais bási­co, procu­ra por pági­nas que con­tenham as mes­mas palavras-chave uti­lizadas na pesquisa.

Mas a relevân­cia vai muito além da cor­re­spondên­cia de palavras-chave.

O Google tam­bém uti­liza dados de inter­ação para avaliar se os resul­ta­dos da pesquisa são rel­e­vantes para as con­sul­tas. Noutras palavras, os uti­lizadores con­sid­er­am a pági­na útil?

Em parte, é por isto que todos os prin­ci­pais resul­ta­dos de “apple” (maçã em inglês) são sobre a empre­sa de tec­nolo­gia, não sobre as fru­tas. O Google sabe, a par­tir dos dados de inter­ação, que a maio­r­ia dos uti­lizadores procu­ra infor­mações sobre o primeiro, não sobre o último.

No entan­to, os dados de inter­ação estão longe de ser a úni­ca for­ma pela qual o Google faz isto.

O Google investiu em muitas tec­nolo­gias para aju­dar a enten­der as relações entre enti­dades como pes­soas, lugares e coisas. O Knowl­edge Graph é uma dessas tec­nolo­gias, que é essen­cial­mente uma grande base de con­hec­i­men­to de enti­dades e as relações entre elas.

Tan­to maçã (fru­ta) como Apple (empre­sa de tec­nolo­gia) são enti­dades no Knowl­edge Graph.

O Google uti­liza as relações entre enti­dades para enten­der mel­hor a relevân­cia da pági­na. Um resul­ta­do cor­re­spon­dente para “apple” que fala sobre laran­jas e bananas é clara­mente sobre a fru­ta. Mas aque­le que fala sobre iPhone, iPad e iOS é clara­mente sobre a empre­sa de tecnologia.

É em parte graças ao Knowl­edge Graph que o Google pode ir além da cor­re­spondên­cia de palavras-chave.

Às vezes, pode até encon­trar resul­ta­dos de pesquisa que não men­cionam as palavras-chave aparente­mente impor­tantes da con­sul­ta. Por exem­p­lo, sele­cione o segun­do resul­ta­do para “apple paper app”, que não men­ciona a palavra “apple” em qual­quer lugar da página.

O Google pode diz­er que é um resul­ta­do rel­e­vante em parte porque men­ciona enti­dades como iPhone e iPad que estão, sem dúvi­da, inti­ma­mente rela­cionadas com a Apple no Knowl­edge Graph.

Nota adi­cional.
Os dados de inter­ação e o Knowl­edge Graph não são as úni­cas tec­nolo­gias que o Google uti­liza para enten­der a relevân­cia de uma pági­na para a con­sul­ta de pesquisa. Muito do tra­bal­ho é real­iza­do através de tec­nolo­gias para com­preen­der o sig­nifi­ca­do e a intenção por trás da con­sul­ta em si, como BERT e RankBrain. O Google, às vezes, até ree­screve con­sul­tas nos basti­dores para fornecer resul­ta­dos mais relevantes. 

Atualidade

A atu­al­i­dade é um fator de posi­ciona­men­to depen­dente da con­sul­ta, o que sig­nifi­ca que é impor­tante para alguns resul­ta­dos mais do que para outros.

Para uma con­sul­ta como “o que há de novo no ama­zon prime”, a atu­al­i­dade é impor­tante porque os uti­lizadores pre­ten­dem saber sobre os filmes e pro­gra­mas de TV adi­ciona­dos recen­te­mente. É provavel­mente por isso que o Google posi­ciona mel­hor os resul­ta­dos de pesquisa pub­li­ca­dos ou atu­al­iza­dos recentemente.

Para con­sul­tas como “mel­hores aus­cul­ta­dores”, a atu­al­i­dade é impor­tante, mas não tan­to. A tec­nolo­gia dos aus­cul­ta­dores muda rap­i­da­mente, então um resul­ta­do de 2015 não será muito útil, mas uma pub­li­cação com 2 ou 3 meses ain­da será útil.

O Google sabe dis­to e mostra os resul­ta­dos que foram atu­al­iza­dos ou pub­li­ca­dos nos últi­mos meses.

Tam­bém há con­sul­tas em que a atu­al­iza­ção dos resul­ta­dos é irrel­e­vante, como “como faz­er um nó de gra­va­ta”. Nada mudou nesse proces­so, há décadas, então não impor­ta se os resul­ta­dos da pesquisa são de ontem ou de 1998. O Google sabe dis­so e não tem escrúpu­los em posi­cionar pub­li­cações feitas há anos.

Autoridade no tópico

O Google quer posi­cionar o con­teú­do de web­sites com autori­dade no assun­to. Isso sig­nifi­ca que o Google pode ver um web­site como uma boa fonte de resul­ta­dos para con­sul­tas sobre um deter­mi­na­do tópi­co, mas não sobre outro.

O Google fala sobre isso numa das suas patentes:

Se o sis­tema de pesquisa con­sid­era um web­site autori­ta­ti­vo, nor­mal­mente depende da con­sul­ta. […] o sis­tema de pesquisa pode con­sid­er­ar o web­site dos Cen­tros de Con­t­role de Doenças, “cdc.gov”, como um web­site ofi­cial para a con­sul­ta “CDC pic­a­das de mos­qui­to”, mas pode não con­sid­er­ar o mes­mo web­site como ofi­cial para a con­sul­ta “recomen­dações de restaurantes”.

Emb­o­ra esta seja ape­nas uma das muitas patentes reg­istradas pelo Google, vemos provas de que “autori­dade no tópi­co” é impor­tante nos resul­ta­dos de pesquisa para muitas consultas.

Bas­ta olhar para os resul­ta­dos do “selador a vácuo sous vide”.

Aqui, vemos dois pequenos web­sites de nicho sobre culinária sous vide a super­ar o The New York Times.

Emb­o­ra haja, sem dúvi­da, out­ros fatores aqui em jogo, parece prováv­el que ‘autori­dade no tópi­co’ seja uma das razões pelas quais estes web­sites estão posi­ciona­dos onde estão.

É provavel­mente por isto que o guia de SEO para ini­ciantes do Google diz aos pro­pri­etários de web­sites para:

Cul­tive uma rep­utação de perí­cia e con­fi­a­bil­i­dade numa área específica.

Velocidade da página

Ninguém gos­ta de esper­ar que as pági­nas car­reguem, e o Google sabe dis­so. É por isso que fiz­er­am da veloci­dade da pági­na um fator de posi­ciona­men­to para pesquisas em com­puta­dores em 2010 e para pesquisas em dis­pos­i­tivos móveis em 2018.

Muitas pes­soas ficam obcecadas com a veloci­dade da pági­na, por­tan­to, é impor­tante obser­var que as suas pági­nas não pre­cisam ser muito ráp­i­das para serem posi­cionadas. O Google afir­ma que a veloci­dade da pági­na é ape­nas um prob­le­ma para pági­nas que “entregam a exper­iên­cia mais lenta aos utilizadores”.

Noutras palavras, cor­tar alguns milis­se­gun­dos de um web­site que já é rápi­do difi­cil­mente aumen­tará o posi­ciona­men­to. Este só pre­cisa de ser rápi­do o sufi­ciente para não impactar neg­a­ti­va­mente os utilizadores.

Pode ver­i­ficar a veloci­dade de qual­quer pági­na no Page­Speed ​​Insights, que tam­bém lhe dá sug­estões para tornar a pági­na mais rápida.

Page­Speed Insights tam­bém mostra como a sua pági­na está no que toca aos Core Web Vitals.

Os Core Web Vitals são com­pos­tos de três métri­c­as que avaliam o desem­pen­ho de car­rega­men­to, inter­a­tivi­dade e esta­bil­i­dade visu­al das suas pági­nas da web. O Google con­fir­mou que os Core Web Vitals serão um sinal de posi­ciona­men­to a par­tir de jun­ho de 2021.

Pode ver o desem­pen­ho de todas as pági­nas do seu web­site uti­lizan­do o relatório Core Web Vitals no Google Search Console.

Se muitos URLs estiverem com desem­pen­ho insat­is­fatório ou pre­cis­arem de mel­ho­rias, con­verse com um developer.

Otimização para dispositivos móveis

65% das pesquisas do Google acon­te­cem em dis­pos­i­tivos móveis. É por isso que a otimiza­ção para dis­pos­i­tivos móveis tem sido um fator impor­tante nos dis­pos­i­tivos móveis des­de 2015.

Des­de 2019, a com­pat­i­bil­i­dade com dis­pos­i­tivos móveis tam­bém é um fator de posi­ciona­men­to para pesquisas em com­puta­dores, graças à mudança do Google para a index­ação que dá pri­or­i­dade aos dis­pos­i­tivos móveis. O que sig­nifi­ca que o Google “uti­liza pre­dom­i­nan­te­mente a ver­são mobile do con­teú­do para index­ação e posi­ciona­men­to” em todos os dispositivos.

Noutras palavras, a fal­ta de com­pat­i­bil­i­dade com dis­pos­i­tivos móveis pode afe­tar o posi­ciona­men­to — em todos os lugares.

Pode ver­i­ficar a com­pat­i­bil­i­dade com dis­pos­i­tivos móveis de qual­quer pági­na da web através da fer­ra­men­ta de Teste de Com­pat­i­bil­i­dade com Dis­pos­i­tivos Móveis do Google ou no relatório de Usabil­i­dade em Dis­pos­i­tivos Móveis no Google Search Console


Os motores de pesquisa enten­dem que resul­ta­dos difer­entes atraem pes­soas difer­entes. É por isso que adap­tam os seus resul­ta­dos para cada utilizador.

Se já pesquisou a mes­ma coisa em vários dis­pos­i­tivos ou nave­g­adores, provavel­mente já viu os efeitos dessa per­son­al­iza­ção. Os resul­ta­dos geral­mente apare­cem em posições difer­entes, depen­den­do de vários fatores.

É por causa dessa per­son­al­iza­ção que, se estiv­er a faz­er SEO, é mel­hor uti­lizar uma fer­ra­men­ta ded­i­ca­da como o Mon­i­tor de Posições do Ahrefs para ver­i­ficar as posições de clas­si­fi­cação. As posições referi­das nes­tas fer­ra­men­tas provavel­mente estão mais próx­i­mas da ver­dade, porque naveg­am na web de uma for­ma que não fornece aos motores de pesquisa muitas infor­mações úteis para personalização.

Como os motores de pesquisa per­son­al­izam os resultados?

O Google afir­ma que “infor­mações como a sua local­iza­ção, históri­co de pesquisas ante­ri­ores e con­fig­u­rações de pesquisa aju­dam-nos a adap­tar os seus resul­ta­dos ao que é mais útil e rel­e­vante para si naque­le momento”.

Vamos olhar para estas três coisas.

1. Localização

Se pesquis­ar algo como “restau­rante ital­iano”, todos os resul­ta­dos no pacote de mapas são restau­rantes locais.

O Google faz isto porque é improváv­el que voe para o out­ro lado do mun­do para almoçar.

Mas o Google tam­bém uti­liza a sua local­iza­ção para per­son­alizar os resul­ta­dos da pesquisa fora do pacote de mapas. Se nos deslo­car­mos para baixo na nos­sa pesquisa por “restau­rante ital­iano”, até mes­mo os resul­ta­dos do Tri­pAd­vi­sor serão per­son­al­iza­dos, e ver­e­mos que muitos dos mel­hores resul­ta­dos são web­sites de restau­rantes locais.

Algo semel­hante acon­tece para uma con­sul­ta como “com­prar uma casa”. O Google devolve pági­nas com lis­tas locais em vez de nacionais porque provavel­mente não dese­ja mudar-se para um país diferente.

A sua local­iza­ção afe­ta os resul­ta­dos de con­sul­tas locais de for­ma tão dramáti­ca que prati­ca­mente não há sobreposição ao pesquis­ar a mes­ma coisa em dois locais diferentes.

2. Língua

O Google sabe que não adi­anta mostrar resul­ta­dos em inglês para uti­lizadores espan­hóis. É por isso que o Google posi­ciona a ver­são em inglês do nos­so tuto­r­i­al de SEO no YouTube para pesquisas em inglês e a ver­são em espan­hol para pesquisas em espanhol.

No entan­to, o Google depende de cer­ta for­ma dos pro­pri­etários de web­sites para fazê-lo. Se tiv­er pági­nas em vários idiomas, o Google pode não perce­ber que é esse o caso, a menos que lhes diga.

Pode fazê-lo com um atrib­u­to HTML chama­do hre­flang.

Hre­flang é um pouco com­pli­ca­do e muito além do âmbito deste guia, mas basi­ca­mente é um pequeno pedaço de códi­go que indi­ca a relação entre várias ver­sões da mes­ma pági­na em difer­entes idiomas.

3. Histórico de pesquisa

Talvez o exem­p­lo mais óbvio de como o Google usa o históri­co de pesquisa para per­son­alizar resul­ta­dos é quan­do ele “posi­ciona” um resul­ta­do cli­ca­do ante­ri­or­mente numa posição supe­ri­or da próx­i­ma vez que exe­cu­ta a mes­ma pesquisa.

Nem sem­pre acon­tece, mas parece ser bas­tante comum, espe­cial­mente se clicar ou vis­i­tar a pági­na várias vezes num cur­to período.

Vamos encerrar

Perce­ber como fun­cionam os motores de pesquisa é o primeiro pas­so para se posi­cionar mel­hor no Google e obter mais tráfego. Se os motores de pesquisa não con­seguem encon­trar, ras­trear e indexar as suas pági­nas, está con­de­na­do antes mes­mo de começar.

Se quer saber o que faz­er e como começar a otimizar o seu web­site para SEO, leia o nos­so guia sobre os fun­da­men­tos bási­cos de SEO.

Tem algu­ma questão? Diga-me nos comen­tários ou no Twit­ter.