Marketing de influenciadores em 2021: definição, exemplos e táticas

Marketing de influenciadores em 2021: definição, exemplos e táticas

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Marketing @ Ahrefs. Projeto de aprendizagem atual: Coreano. Eu também resumo livros no meu blog pessoal.
    Em 1984, a Nike colaborou com Michael Jor­dan para cri­ar uma lin­ha exclu­si­va de ténis, os Air Jordans.

    Foi um suces­so. Em ape­nas 12 meses, os ténis Air Jor­dan 1 fat­u­raram mais de 100 mil­hões de dólares. Em 2020, um par orig­i­nal — usa­do e auto­grafa­do pelo próprio Jor­dan — foi ven­di­do por 560.000 dólares.

    Michael Jor­dan, o jogador de bas­quete super-estrela, cat­a­pul­tou a Nike para o nome famil­iar que con­hece­mos hoje.

    Este é um exem­p­lo de mar­ket­ing com influenciador.

    Neste guia, aprenderá:

    Influ­en­ci­adores são pes­soas que têm um públi­co ati­vo e con­sid­eráv­el (geral­mente nas redes soci­ais) e a capaci­dade de influ­en­ciar o seu públi­co a faz­er algo.

    O mar­ket­ing com influ­en­ci­adores é a práti­ca de tra­bal­har com influ­en­ci­adores para pro­mover a men­sagem, os pro­du­tos ou os serviços da sua marca.

    Exis­tem alguns motivos pelos quais deve faz­er mar­ket­ing com influenciadores.

    1. Persuadir o público a agir

    Os influ­en­ci­adores têm influên­cia sobre o seu públi­co-alvo. Está no próprio nome — eles influ­en­ci­am. Isto sig­nifi­ca que eles podem inspi­rar os seus seguidores a agir. Mais impor­tante ain­da, a comprar.

    Sig­nifi­ca coisas como vender sardinhas após uma menção num episó­dio de podcast.

    Tam­bém vemos isto na Ahrefs. Emb­o­ra nun­ca ten­hamos real­iza­do uma cam­pan­ha de mar­ket­ing com influ­en­ci­ador, vemos que uma forte recomen­dação de um influ­en­ci­ador con­fiáv­el pode levar a um aumen­to sig­ni­fica­ti­vo nas inscrições:

    2. Crie confiança na sua marca

    O mar­ket­ing com influ­en­ci­adores nem sem­pre se tra­ta de ven­das. É tam­bém uma questão de recon­hec­i­men­to da mar­ca e confiabilidade.

    O influ­en­ci­ador cer­to sele­ciona cuida­dosa­mente o tipo de pro­du­tos que recomen­da. Ele não pro­move tudo o que cai no seu colo. Mes­mo que este­jam a ser pagos, têm padrões ele­va­dos. Lev­am a sério a con­fi­ança da comu­nidade neles. A con­fi­ança é difí­cil de con­stru­ir e fácil de perder. Em tro­ca, os seus fãs dizem coisas como:

    Então, quan­do um influ­en­ci­ador recomen­da o seu pro­du­to em detri­men­to do resto, ele está a garan­tir a qual­i­dade do seu pro­du­to e a rep­utação da sua empre­sa. Está, em essên­cia, a pedir empresta­da a “con­fi­ança” desse influ­en­ci­ador. Não pre­cisa de con­struí-lo do zero — eles con­fi­am no influ­en­ci­ador e, por con­se­quên­cia, em si.

    Pense na Nike. Em 1984, eles eram descon­heci­dos no mun­do do bas­quete. Nen­hum fã de bas­quete esta­va a mor­rer de von­tade de com­prar um par de ténis Nike. Mas o aval de Jor­dan lev­ou à sua aceitação.

    E a Nike pas­sou de ser descon­heci­da no bas­quete para o domínio global.

    De modo ger­al, exis­tem cin­co tipos de influ­en­ci­adores. Estes são agru­pa­dos com base no taman­ho do seu público.

    Con­hecer os difer­entes tipos de influ­en­ci­adores ajudá-lo‑á a plan­ear o seu orça­men­to e estraté­gia. Aqui está o detalhe:

    1. Celebridades

    Estes são influ­en­ci­adores com mais de um mil­hão de seguidores.

    Exem­p­los:

    2. Mega influenciadores

    Estes são influ­en­ci­adores com 500.000 a um mil­hão de seguidores.

    Exem­p­los:

    3. Macro Influenciadores

    Estes são influ­en­ci­adores com 100.000 a 500.000 seguidores.

    Exem­p­los:

    4. Micro Influenciadores

    São influ­en­ci­adores com 10.000 a 100.000 seguidores. 

    Exem­p­los:

    5. Nano influenciadores

    São influ­en­ci­adores com 1.000 a 10.000 seguidores.

    Exem­p­los:

    Nota adi­cional.
    Não há padroniza­ção uni­ver­sal para estes ter­mos nem para os taman­hos do seu públi­co. Pode desco­brir que estes difer­em de out­ros livros e artigos. 

    Antes mes­mo de começar a procu­rar influ­en­ci­adores e tra­bal­har com eles, pre­cisa de ter uma estraté­gia. Afi­nal, o obje­ti­vo não é tra­bal­har com todos os influ­en­ci­adores do plan­e­ta, mas sim com aque­les que podem causar impacto.

    Uma estraté­gia irá guiá-lo na direção certa.

    1. Defi­na o seu público-alvo
    2. Defi­na o seu objetivo
    3. Encon­tre o seu orçamento
    4. Esta­beleça os seus KPIs

    1. Defina o seu público-alvo

    Pode pare­cer bom ter o Justin Bieber a gri­tar sobre nós para os seus fãs, mas qual é o obje­ti­vo? Há pou­ca ou nen­hu­ma sobreposição entre os fãs de Justin Bieber e as pes­soas que querem fer­ra­men­tas de SEO. Mes­mo se pudésse­mos pagar a sua taxa, não faria sen­ti­do tra­bal­har com ele.

    Por­tan­to, o primeiro pas­so de qual­quer plano de mar­ket­ing é saber quem dese­ja alcançar.

    Se já tem uma estraté­gia de mar­ket­ing exis­tente que define as per­sonas dos seus clientes, está tudo pron­to. Já tem uma ideia sól­i­da de quem é o seu público-alvo.

    Por exem­p­lo, se é um gestor de carteiras em Sin­ga­pu­ra, pode ser algo como:

    Mil­len­ni­als (23–30) em Sin­ga­pu­ra que dese­jam começar a investir.

    Se não tiv­er uma declar­ação da per­son­al­i­dade do cliente tão conc­re­ta como esta, não se pre­ocupe. Exis­tem toneladas de guias, mod­e­los e até fer­ra­men­tas que pode usar para cri­ar um.

    Leitu­ra recomen­da­da: Como Cri­ar Per­sonas de Com­prador Detal­hadas Para a sua Empre­sa [Mod­e­lo de Per­sona Gratuito]

    2. Defina o seu objetivo 

    Ago­ra que sabe quem dese­ja, pre­cisamos desco­brir porque está a faz­er mar­ket­ing com influenciadores.

    Qual é o seu objetivo?

    De um modo ger­al, exis­tem três objetivos:

    1. Aumen­tar o con­hec­i­men­to da mar­ca e apre­sen­tar a sua mar­ca a poten­ci­ais clientes.
    2. Cri­ar inter­esse e dese­jo ensi­nan­do aos poten­ci­ais clientes mais sobre os seus prob­le­mas e como o seu pro­du­to ou serviço pode resolvê-los.
    3. Incen­ti­var a com­pra edu­can­do ain­da mais os poten­ci­ais clientes sobre o seu pro­du­to ou serviço e por que esta é a mel­hor solução para eles.

    Pre­cis­ará de con­hecer os seus obje­tivos para avaliar se a sua cam­pan­ha é bem-sucedida.

    Leitu­ra recomen­da­da: Obje­tivos de Mar­ket­ing: Como Cor­ri­gi-los (com Exemplos)

    3. Encontre o seu orçamento 

    O val­or que dese­ja gas­tar deter­mi­nará o tipo de influ­en­ci­ador com o qual pode tra­bal­har e o tipo de con­teú­do que pode criar. 

    Con­hecer o seu orça­men­to de antemão tornará mais fácil a procu­ra de influenciadores.

    4. Estabeleça os seus KPIs

    Nem sem­pre é fácil medir o ROI abso­lu­to das cam­pan­has de mar­ket­ing do influ­en­ci­ador, mas pode medir o ROI rel­a­ti­vo usan­do indi­cadores-chave de desem­pen­ho (KPIs).

    Os KPIs per­mitem medir o pro­gres­so em direção aos seus obje­tivos. Se já definiu os seus obje­tivos, saberá quais são ess­es KPIs. Por exem­p­lo, se estiv­er a mon­i­tor­izar o número de ven­das, poderá dar ao influ­en­ci­ador um códi­go de descon­to com o nome dele.

    Leitu­ra recomen­da­da:7 KPIs de Mar­ket­ing que Real­mente Valem a Pena Rastrear

    Encon­trar os influ­en­ci­adores macro, mega e cele­bri­dades é fácil. Provavel­mente vêm-lhe logo à cabeça. Até a pes­soa mais desin­ter­es­sa­da já terá ouvi­do falar de Cris­tiano Ronal­do. Mas nem todas as empre­sas têm orça­men­to para tra­bal­har nesse nível.

    E se pre­cis­ar de encon­trar micro ou nano influ­en­ci­adores? Como os procura?

    Aqui estão algu­mas opções:

    1. Funcionários

    A maio­r­ia das mar­cas começa a sua procu­ra por influ­en­ci­adores exter­nos. Ao faz­er isso, estão a perder um grupo poten­cial de influ­en­ci­adores que estão bem à frente dos seus nar­izes — os seus próprios funcionários.

    Os seus fun­cionários tra­bal­ham para si e provavel­mente usam os seus pro­du­tos. (Se não o fiz­erem, algo está muito erra­do.) Eles estão na mel­hor posição para pro­mover a sua mar­ca. Alguns deles podem até ter cul­ti­va­do uma audiên­cia por con­ta própria.

    Use a Ahrefs como exem­p­lo. A maio­r­ia de nós na equipa de mar­ket­ing pode ser con­sid­er­a­da nano ou micro influ­en­ci­adores no Twitter:

    Jun­tos, podemos ampli­ar facil­mente o con­teú­do que pub­li­camos ou os recur­sos que lançamos. E nós fazemo-lo.

    2. Clientes

    Nós esta­mos a virar do aves­so a pesquisa de influ­en­ci­adores. Comece por procu­rar pelas pes­soas que já amam a sua marca.

    Os seus fun­cionários não são as úni­cas pes­soas que amam a sua mar­ca. Os seus clientes tam­bém a ado­ram. Nós mes­mos desco­b­ri­mos isso quan­do começamos a patroci­nar pod­casts. Aque­les em que obtive­mos menções e inscrições de alta qual­i­dade foram de hosts de pod­casts que já amavam o nos­so produto.

    Assim como os seus fun­cionários, alguns dos seus clientes provavel­mente são influ­en­ci­adores — e provavel­mente tam­bém respon­derão ao seu argu­men­to de venda.

    Por exem­p­lo, Ed Sheer­an é um grande fã de ketchup Heinz. Ele até tem uma tat­u­agem da gar­rafa no braço. Foi óbvio para a Heinz tra­bal­har com ele:

    https://www.youtube.com/watch?v=keOaQm6RpBg

    Emb­o­ra pos­sa não ter um influ­en­ci­ador do nív­el de Ed Sheer­an como seu cliente, provavel­mente terá um ou dois que são influ­entes jun­to do seu públi­co-alvo. Encon­tre-os na sua fer­ra­men­ta de geren­ci­a­men­to de rela­ciona­men­to com o cliente (CRM) ou em qual­quer out­ra coisa que use para ras­trear os seus clientes. Entre em con­ta­to e veja se gostari­am de tra­bal­har con­si­go para pro­mover a sua marca.

    Nota adi­cional.
    Tam­bém pode per­gun­tar aos seus clientes quais os influ­en­ci­adores que eles estão a seguir nas redes sociais. 

    3. Seguidores

    Os seus seguidores nas redes soci­ais já con­hecem e gostam da sua mar­ca — e alguns deles provavel­mente serão influ­en­ci­adores. Pro­cure pelos seus seguidores para encontrá-los.

    4. Google

    Bas­ta ir ao Google e inserir esta con­sul­ta de pesquisa: “prin­ci­pais influ­en­ci­adores [no seu meio]”.

    Encon­trará uma tonela­da de lis­tas bem compiladas.

    5. Redes sociais

    Se está à procu­ra de influ­en­ci­adores numa platafor­ma, não há mel­hor lugar para começar do que olhar para a própria plataforma. 

    Como o Google, pode pesquis­ar palavras-chave nes­sas platafor­mas e ver quem aparece. Lis­tas nati­vas com curado­ria (como lis­tas do Twit­ter) são uma boa opção se exi­s­tirem na sua platafor­ma de destino. 

    Se já está a seguir alguns dess­es influ­en­ci­adores no seu meio, ver­i­ficar a pági­na “Explo­rar” (ou semel­hante) tam­bém aju­dará a desco­brir out­ros influenciadores.

    Nota adi­cional.
    Uma ideia com poten­cial é cri­ar uma con­ta com­ple­ta­mente nova, seguir/in­scr­ev­er-se ness­es influ­en­ci­adores e ver o que a platafor­ma sug­ere na sua pági­na ‘Explo­rar’.

    Como alter­na­ti­va, pode sim­ples­mente obser­var quem é que ess­es influ­en­ci­adores já estão a seguir. Provavel­mente, tam­bém estão a seguir out­ros influ­en­ci­adores de taman­ho semel­hante. Algu­mas platafor­mas (como Insta­gram e Twit­ter) tam­bém sug­erem con­tas semel­hantes nes­tas páginas:

    Final­mente, out­ra maneira de encon­trar influ­en­ci­adores é por meio de hash­tags. Mas não é qual­quer hash­tag — use a dos seus con­cor­rentes. Se os seus con­cor­rentes já exe­cu­taram uma cam­pan­ha de mar­ket­ing com influ­en­ci­ador antes, há uma grande hipótese de eles terem:

    1. Solic­i­ta­do ao influ­en­ci­ador para adi­cionar uma hash­tag exclu­si­va para a cam­pan­ha, ou
    2. Solic­i­ta­do ao influ­en­ci­ador que adi­cionasse a hash­tag da sua empresa.

    Aqui está um exem­p­lo de um influ­en­ci­ador a mar­car a empre­sa de entre­ga de ali­men­tos, FoodPanda:

    Clique na hash­tag e verá que muitos influ­en­ci­adores já pro­mover­am algo semelhante:

    Se estiv­er a oper­ar no mes­mo espaço, todos eles podem ser influ­en­ci­adores em poten­cial com os quais pode­ria trabalhar.

    6. Plataformas e mercados

    Mes­mo com todas as táti­cas que sug­eri até ago­ra, encon­trar influ­en­ci­adores pode ser muito demor­a­do. Uma alter­na­ti­va “mais ráp­i­da” seria sim­ples­mente procurá-los numa out­ra platafor­ma dedicada.

    Temos uma lista dessas platafor­mas num out­ro arti­go, por­tan­to pro­cure nelas o influ­en­ci­ador dese­ja­do para a sua plataform-alvo.

    Leitu­ra recomen­da­da: Como Encon­trar Influ­en­ci­adores no seu Meio (6 Pas­sos Fáceis)

    7. Explorador de Conteúdo

    Como os influ­en­ci­adores cos­tu­mam ter blogs, out­ra maneira de encon­trá-los é procu­rar autores pop­u­lares de pub­li­cações sobre tópi­cos rela­ciona­dos com a sua mar­ca. Pode faz­er isso no Explo­rador de Con­teú­do da Ahrefs, um ban­co de dados pesquisáv­el de 5 mil mil­hões de pági­nas.

    Este é o processo:

    1. Abra o Explo­rador de Conteúdo
    2. Insira um tópi­co rel­e­vante (por exem­p­lo, con­strução de ligações)
    3. Sele­cione “no títu­lo” no menu suspenso
    4. Clique em Pesquisar
    5. Vá ao sep­a­rador “Autores”

    Aqui verá uma lista de pes­soas que escrever­am sobre o seu tópi­co, quan­tas pub­li­cações escrever­am e quan­tos seguidores têm no Twitter.

    8. Agências

    Se preferir que tudo seja feito para si, pode sem­pre tra­bal­har com agên­cias de mar­ket­ing com influ­en­ci­adores. Estas farão tudo por si, incluin­do a con­fig­u­ração da campanha.

    Na ver­dade, para macro influ­en­ci­adores e aci­ma, é prováv­el que ten­ha que tra­bal­har com uma de qual­quer maneira. A maio­r­ia deles é semel­hante a cele­bri­dades reais e terá que tra­bal­har com o seu agente ou agên­cia para realizar uma cam­pan­ha. Este­ja ciente disso.

    Só porque alguém tem um mil­hão de seguidores, não sig­nifi­ca que a sua cam­pan­ha terá suces­so. Podem ter muitos seguidores, mas podem influ­en­ciar o públi­co a faz­er algo, como deixar um comen­tário, par­tic­i­par num sorteio ou até mes­mo comprar?

    Dan­do um pas­so para trás, pre­cisamos de per­gun­tar: os mil­hões de seguidores são reais? Influ­en­ci­adores fal­sos são em grande quan­ti­dade. Não quer­e­mos des­perdiçar o nos­so din­heiro em cam­pan­has que não ger­am retorno.

    É por isso que pre­cisamos de avaliar a lista que acabamos de cri­ar. Antes mes­mo de faz­er qual­quer divul­gação, pre­cisamos de ter a certeza de que ess­es são os influ­en­ci­adores com quem real­mente quer­e­mos tra­bal­har. Que eles rep­re­sen­tem bem a nos­sa mar­ca, pos­sam cri­ar o tipo de con­teú­do que dese­jamos e real­mente ten­ham a capaci­dade de nos aju­dar a atin­gir os KPIs que definimos.

    N’O Códi­go de Influên­cia, Aman­da Rus­sell — uma influ­en­ci­ado­ra e espe­cial­ista em mar­ket­ing influ­en­ci­ado­ra — sug­ere avaliar os cin­co Rs:

    1. Reach — Alcance
    2. Recog­ni­tion — Reconhecimento
    3. Ref­er­ence — Referência
    4. Rel­e­vance — Relevância
    5. Res­o­nance — Ressonância

    1. Alcance

    Este é o taman­ho total dos seguidores do influ­en­ci­ador em todas as plataformas.

    A maio­r­ia das empre­sas comete o erro de se con­cen­trar ape­nas nes­ta métri­ca. É com­preen­sív­el, pois esta é a métri­ca mais disponív­el pub­li­ca­mente. Mas trate isto como um pon­to de partida.

    Não só este número é fácil de ‘fab­ricar’, como o número de seguidores tam­bém não equiv­ale ao alcance real.

    Identificando alcance falso

    Alcance é a métri­ca mais fácil de fal­si­ficar. Ace­da a web­sites como o Fiverr e verá serviços que prom­e­tem obter um número X de seguidores durante a noite. O New York Times até escreveu um arti­go em 2018 sobre o mer­ca­do negro de seguidores falsos.

    Cer­ti­fique-se sem­pre de olhar cuida­dosa­mente para os seguidores de um influenciador.

    • Os seus seguidores têm nomes de uti­lizador estran­hos, como uma lon­ga lista de números?
    • Os seus seguidores têm uma imagem de per­fil vazia?
    • Os seus seguidores têm algu­ma publicação?
    • Os seus seguidores têm zero seguidores, mas seguem muitas out­ras pessoas?

    Todas estas são ban­deiras ver­mel­has. Aqui está um exemplo:

    Ago­ra, só porque um influ­en­ci­ador tem seguidores fal­sos, não sig­nifi­ca que eles os com­praram. Con­forme uma con­ta cresce em taman­ho, tor­na-se impos­sív­el evi­tar seguidores fal­sos e bots de redes soci­ais. Ape­nas se cer­ti­fique de que não seja uma por­cent­agem sig­ni­fica­ti­va dos seus seguidores. Uma maneira ráp­i­da de ver­i­ficar seria usar uma fer­ra­men­ta como a Audi­to­ria de Seguidores Fal­sos do Spark­Toro (ape­nas no Twit­ter) ou a Audi­to­ria de Insta­gram do HypeAuditor.

    2. Reconhecimento

    Isto ref­ere-se ao rele­vo que os influ­en­ci­adores têm em deter­mi­na­do tópi­co ou nicho.

    Eles não pre­cisam ter o mes­mo nív­el de fama de um ator de Hol­ly­wood, mas devem ser con­heci­dos pelo seu públi­co-alvo. Mes­mo que não sejam tão con­heci­dos, a sua exper­iên­cia, cre­den­ci­ais ou elo­gios são reconhecíveis?

    3. Referencia

    O influ­en­ci­ador ou o seu tra­bal­ho estão a ser ref­er­en­ci­a­dos ou cita­dos por pes­soas no seu meio (ou fora dele)? Foram apre­sen­ta­dos numa lista de espe­cial­is­tas por uma pub­li­cação ou web­site confiável/conhecido?

    4. Relevância

    É assim que um influ­en­ci­ador está inti­ma­mente asso­ci­a­do a um deter­mi­na­do tópi­co ou meio.

    Gostaria de ter a certeza de que o influ­en­ci­ador com o qual está a tra­bal­har fala sobre um tópi­co ao qual a sua mar­ca dese­ja estar asso­ci­a­da. Se é uma mar­ca veg­ana, por exem­p­lo, pode não quer­er tra­bal­har com um influ­en­ci­ador paleo, mes­mo que ambos os tópi­cos sejam sobre “dieta/nutrição”.

    A relevân­cia tam­bém é sobre o quão próx­i­mo o públi­co de um influ­en­ci­ador se alin­ha com o públi­co-alvo da sua mar­ca. Uma influ­en­ci­ado­ra que pro­move reg­u­lar­mente fatos de ban­ho pode não ter um públi­co fem­i­ni­no; um influ­en­ci­ador mas­culi­no que pro­move reg­u­lar­mente exer­cí­cios em casa pode não ter um públi­co masculino.

    Terá que cavar mais fundo.

    Por exem­p­lo, Kate Upton tra­bal­hou com a mar­ca amer­i­cana de cos­méti­cos Bob­bi Brown para pro­mover os seus pro­du­tos. Emb­o­ra faça sen­ti­do para a Bob­bi Brown tra­bal­har com uma mod­e­lo famosa, desco­briu-se que 90% do seu públi­co online eram home­ns inter­es­sa­dos ​​em desporto e videojogos.

    5. Ressonância

    Esta é a quan­ti­dade de enga­ja­men­to (comen­tários, com­par­til­hamen­tos, visu­al­iza­ções, retuítes, menções, etc.) que o influ­en­ci­ador obtém sem­pre que pub­li­ca conteúdo.

    Identificando ressonância falsa

    Infe­liz­mente, como o alcance, a ressonân­cia pode ser com­pra­da. Por­tan­to, em vez de olhar para o número abso­lu­to de gos­tos, comen­tários, retweets, etc., observe a sua qual­i­dade. Devem ser comen­tários ou con­ver­sas genuínas.

    Aqui está uma lista de ver­i­fi­cação ráp­i­da para percorrer:

    • São todos comen­tários ape­nas emojis?
    • São todos comen­tários cur­tos sem sig­nifi­ca­do ou con­tex­to, como “Uau!”, “Incrív­el!”, “Fixe!”?
    • Todos são comen­tários repeti­dos pelo mes­mo utilizador?

    Aqui está um exemplo:

    Outras métricas

    Aqui estão algu­mas out­ras métri­c­as que pode observar:

    • Desconec­ta­do. Pes­soas reais que com­pare­cem nos even­tos sig­nifi­ca que o influ­en­ci­ador tem um públi­co real­mente enga­ja­do. Des­cubra qual foi a par­tic­i­pação nos seus even­tos pes­soais anteriores.
    • Teste­munhos, anális­es e casos de estu­do. Peça ao seu influ­en­ci­ador infor­mações sobre cam­pan­has ante­ri­ores. Mas observe que micro e nano influ­en­ci­adores podem não as ter.
    • Rep­utação. A con­tro­vér­sia de um influ­en­ci­ador tam­bém pode prej­u­dicar a sua mar­ca. Ver­i­fique o con­teú­do dos influ­en­ci­adores para ver se não se envolver­am em escân­da­los recentes ou têm opiniões fortes que não se alin­ham com a sua marca.

    Com a sua lista reduzi­da, é hora de entrar em con­ta­to e ver se uma colab­o­ração de suces­so pode ser feita.

    No entan­to, isto não sig­nifi­ca que pode enviar o mes­mo e‑mail para todos. Terá que tratar cada grupo de maneira diferente.

    Afi­nal, o alcance é um jogo de per­cepção de mar­ca — a sua ver­sus a do influenciador.

    Por exem­p­lo, se é a Louis Vuit­ton, mes­mo as cele­bri­dades mais famosas teri­am difi­cul­dade em diz­er não a uma colab­o­ração. Mas se fôr uma peque­na loja de comér­cio online a ten­tar faz­er com que Chiara Fer­rag­ni o pub­licite, é prováv­el que o seu e‑mail seja ignorado. 

    Pode pare­cer irri­tante, mas há uma razão para isto. Os influ­en­ci­adores tam­bém pre­cisam de pro­te­ger a sua própria mar­ca. A razão pela qual acha que eles se encaix­am bem é pre­cisa­mente porque eles não pro­movem cada coisa que cai no seu colo. Se o fiz­erem, serão vis­tos como um vende­dor ven­di­do — a sua mar­ca será diluí­da e o seu públi­co ficará ansioso por fugir. Além dis­so, ten­ho a certeza de que não gostaria de ser ape­nas um dos muitos pro­du­tos que promovem.

    Por­tan­to, antes de entrar em con­ta­to, cer­ti­fique-se de que tem uma estraté­gia apro­pri­a­da para cada tipo de influenciador.

    Nota adi­cional.
    Para grandes influ­en­ci­adores, terá que entrar em con­ta­to através das suas agên­cias ou agentes. Provavel­mente, pode entrar em con­ta­to com nano e micro influ­en­ci­adores diretamente. 

    Exis­tem muitas maneiras de colab­o­rar com influ­en­ci­adores. Estas incluem:

    • Ofer­e­cer brindes ou pro­du­tos grátis (na esper­ança de que o influ­en­ci­ador os divulgue);
    • Uma men­sagem paga de produto;
    • Faz­er um sorteio;
    • Recru­tar influ­en­ci­adores para os seus pro­gra­mas de afil­i­a­dos ou de referências;
    • Dar aos influ­en­ci­adores um códi­go promocional/desconto (para ven­das diretas);
    • Cri­ar con­teú­do com o influenciador;
    • Con­vi­dar influ­en­ci­adores para os seus eventos;
    • Colab­o­rações em produtos;

    E muitas mais.

    Exis­tem maneiras vir­tual­mente infini­tas de tra­bal­har com estes, e a maneira exa­ta que escol­her depen­derá do seu obje­ti­vo e do con­teú­do que fun­cionará mel­hor para o públi­co do influenciador.

    Além dis­so, há algu­mas coisas que dev­erá ano­tar ao tra­bal­har com um influenciador:

    1. Desenvolva um acordo de influenciador de antemão

    Esta é uma parce­ria com­er­cial. Pode pare­cer cha­to, mas um acor­do assi­na­do pode ser útil para pro­te­ger ambas as partes de uma per­spec­ti­va legal. Este tam­bém fornece um doc­u­men­to que ambos podem con­sul­tar em caso de desacor­do ou mal-entendido.

    Exis­tem mod­e­los online disponíveis, mas é mel­hor con­sul­tar um advo­ga­do. Alguns itens que pode quer­er incluir são:

    • A duração da parceria;
    • Exclu­sivi­dade — o influ­en­ci­ador pode tra­bal­har com out­ras mar­cas semelhantes/concorrentes?
    • Tipo especí­fi­co de con­teú­do que dese­ja criar;
    • Men­sagens especí­fi­cas que dese­ja incluir;
    • O que o influ­en­ci­ador pode ou não pode faz­er e diz­er durante a duração da campanha;
    • Por quan­to tem­po o influ­en­ci­ador deve deixar o con­teú­do ativo;
    • Onde dev­erá pub­licar o con­teú­do (impor­tante se o influ­en­ci­ador tra­bal­har em vários canais);
    • A quem o con­teú­do pertencerá;
    • Val­or e condições de compensação;
    • Méto­do de ras­treio específico.

    Leitu­ra recomen­da­da: Como Cri­ar um Con­tra­to Impecáv­el de Influ­en­ci­ador de Redes Sociais

    2. Colabore, não controle

    Muitas mar­cas come­tem o erro de ditar o que um influ­en­ci­ador deve ou não diz­er. Isto resul­ta num anún­cio não autên­ti­co que não con­vence o público. 

    O públi­co do influ­en­ci­ador é deles — sabem o que seu públi­co quer. Como mar­ca, está lá para fornecer ori­en­tações, mensagens/dicas impor­tantes e as dire­trizes da sua mar­ca. Não microgeren­cie o con­teú­do. Con­fie no influ­en­ci­ador para cri­ar algo que seja irre­sistív­el e que pro­mo­va bem a sua mar­ca. Mel­hor ain­da: faça um tour pelo seu pro­du­to ou ensine‑o a usá-lo para que pos­sa falar sobre ele com naturalidade.

    Dito isto, não ten­ha medo de pedir ao influ­en­ci­ador o primeiro ras­cun­ho e algu­mas rodadas de edições. Deve ter a certeza de que con­segue cor­ri­gir quais­quer erros antes de o con­teú­do ir para o ar.

    3. Siga as diretrizes regulatórias

    Depen­den­do do país em que o seu influ­en­ci­ador está a tra­bal­har, pode ser necessário divul­gar que o con­teú­do cri­a­do é um anún­cio. Por exem­p­lo, a Fed­er­al Trade Com­mis­sion nos EUA exige que todos os influ­en­ci­adores divulguem pub­li­ca­mente e num local fácil de iden­ti­ficar que foram pagos para pro­mover o produto.

    A maio­r­ia das cam­pan­has de mar­ket­ing com influ­en­ci­adores são cam­pan­has pon­tu­ais. Mas se real­mente gos­tou de tra­bal­har com um influ­en­ci­ador e está feliz com os resul­ta­dos, pode con­tratá-lo como embaix­ador da marca. 

    Quer os trate por embaix­adores ou evan­ge­lis­tas, estas são as pes­soas que con­tin­u­am a defend­er uma deter­mi­na­da mar­ca exclu­si­va­mente por um lon­go perío­do de tem­po. Em tro­ca, a mar­ca apoia-os de várias maneiras: pro­du­tos gra­tu­itos, patrocínios, aces­so priv­i­le­gia­do e comissões.

    Não são novi­dade — o mun­do da moda, dos cos­méti­cos e do desporto usa-os extensivamente.

    De fac­to, temos até o nos­so próprio evan­ge­lista aqui na Ahrefs — o Patrick.

    Como o Patrick, os embaix­adores da mar­ca são, na sua maio­r­ia, espe­cial­is­tas no meio e tam­bém podem fornecer con­sel­hos e ideias sobre como mel­ho­rar o seu produto.

    Leitu­ra recomen­da­da: 9 Óti­mas Táti­cas de Relações Públi­cas com Exem­p­los de Campanha

    Aqui estão alguns exem­p­los de cam­pan­has de mar­ket­ing com influ­en­ci­adores bem-sucedidas. 

    1. Ahrefs — influenciadores de funcionários

    Tim é o nos­so Dire­tor de Mar­ket­ing. Ele tam­bém é um dos maiores evan­ge­lis­tas da Ahrefs. Mes­mo que a nos­sa con­ta de mar­ca no Twit­ter ten­ha 3x mais seguidores, os seus tweets con­sis­ten­te­mente obtêm mais engajamento.

    Tam­bém não se tra­ta ape­nas de envolvi­men­to. O Tim con­segue-nos clientes:

    Não é ape­nas o Tim. Men­cionei ante­ri­or­mente que a equipa de mar­ket­ing da Ahrefs é for­ma­da por nano e microin­flu­en­ci­adores. Tam­bém aju­damos a atrair clientes, como o Sam:

    Até eu con­segui con­duzir alguns:

    2. Instagram — líderes de pensamento de alto nível

    Vamos ser meta aqui. O Insta­gram é a platafor­ma de eleição para a maio­r­ia dos influ­en­ci­adores. Mas sabia que o Insta­gram se tornou pop­u­lar por causa de influ­en­ci­adores também?

    Graças a influ­en­ci­adores como o Jack Dorsey, o fun­dador do Twit­ter, o Insta­gram atingiu 25.000 uti­lizadores no primeiro dia e 100.000 uti­lizadores na primeira semana.

    A Sarah Frier escreve em No Fil­ter:

    “Tudo o que ele (Dorsey) pub­li­cou no Insta­gram seria ime­di­ata­mente pub­li­ca­do no Twit­ter, alcançan­do os seus 1,6 mil­hão de seguidores lá. Ele disse ao mun­do que era a sua nova apli­cação favorita para iPhone, e eles ouvi­ram. Quan­do o Insta­gram foi lança­do ao públi­co em 6 de out­ubro de 2010, ime­di­ata­mente se tornou viral graças a par­til­has de pes­soas como Dorsey. Alcançou o número um em apli­cações de câmera na loja de apli­cações da Apple.”

    Uma das min­has novas apli­cações favoritas para iPhone está ago­ra disponív­el para download:

    3. Daniel Wellington — influenciadores do Instagram

    Daniel Welling­ton é uma mar­ca de reló­gios sue­ca. Con­heci­da pelas suas pul­seiras de reló­gio mutáveis, tiver­am uma recei­ta de 230 mil­hões de dólares em 2016 e vender­am mais de 6 mil­hões de relógios.

    Provavel­mente já os viu no Insta­gram. Não, ignore isso. Viu-os de certeza no Instagram.

    Daniel Welling­ton cresceu inteira­mente através do mar­ket­ing com influ­en­ci­adores. Eles inun­daram o Insta­gram — primeiro dan­do reló­gios grátis a mil­hares de influ­en­ci­adores e, em segui­da, impul­sio­n­an­do as ven­das ao pedir a ess­es influ­en­ci­adores que par­til­has­sem códi­gos de descon­tos especiais.

    Isto esta­b­ele­ceu-os como uma mar­ca de con­sumo obri­gatória para os mil­len­ni­als e ger­ação Z — ambas demografias impor­tantes no Insta­gram. É desnecessário diz­er que isto trans­for­mou o que era ape­nas um inves­ti­men­to ini­cial de 15.000 dólares numa mar­ca de reló­gios bem conhecida.

    Pensamentos finais

    Espero que este guia ten­ha servi­do como uma boa base para com­preen­der e exe­cu­tar o mar­ket­ing com influ­en­ci­adores. Deve ser uma base decente para apren­der mais sobre o assunto.

    Para este guia, gostaria de dar crédi­to a dois livros que li:

    Tam­bém gostaria de agrade­cer a estas pes­soas por respon­derem às min­has per­gun­tas sobre o mar­ket­ing com influenciador:

    Per­di algo impor­tante sobre o mar­ket­ing com influ­en­ci­adores? Diga-me no Twit­ter.