8 Tipos de Campanhas de Marketing (Com Exemplos)

8 Tipos de Campanhas de Marketing (Com Exemplos)

Mateusz Makosiewicz
Investigador de marketing e educador da Ahrefs. Mateusz tem mais de 10 anos de experiência em marketing adquirida em agências, SaaS e empresas de hardware. Quando não está a escrever, ele compõe música ou faz longas caminhadas.
Uma cam­pan­ha de mar­ket­ing é uma série de esforços orga­ni­za­dos e estrate­gi­ca­mente uti­liza­dos para atin­gir um obje­ti­vo de mar­ket­ing concreto. 

Preparar uma cam­pan­ha em vez de enviar men­sagens “aleatórias” para o seu públi­co aju­da a mel­ho­rar o desem­pen­ho e a con­tro­lar mel­hor os resul­ta­dos de todos os esforços de mar­ket­ing real­iza­dos. Por isso, vale a pena con­hecer estes oito tipos de cam­pan­has usadas com suces­so por mar­cas grandes e pequenas:

As cam­pan­has de mar­ket­ing de pro­du­to são usadas pelas empre­sas para intro­duzir um pro­du­to (ou uma car­ac­terís­ti­ca do mes­mo) no mercado.

São uma das cam­pan­has mais impor­tantes e com­plexas no ciclo de vida de um pro­du­to, que ocorre porque um pro­du­to (ou serviço) recém-lança­do pre­cisa de uma comu­ni­cação de efi­caz para impactar as ven­das. Em para­le­lo, requer tam­bém uma coop­er­ação entre difer­entes depar­ta­men­tos para garan­tir que todas as partes da exper­iên­cia do usuário estão contempladas.

Este tipo de cam­pan­ha deve ser moti­va­da pela sua estraté­gia de entra­da no mer­ca­do.

Con­tu­do, para além do proces­so típi­co de traz­er um pro­du­to novo e final­iza­do ao mer­ca­do, exis­tem tam­bém méto­dos mais ágeis, fre­quente­mente uti­liza­dos por start-ups, como lançar um pro­du­to mín­i­mo viáv­el (MVP) primeiro.

Exemplo

As cam­pan­has de lança­men­to de pro­du­tos ten­dem a ser caras e reple­tas de todos os tipos de táti­cas e canais que o din­heiro pode com­prar. Ain­da assim, ten­ha em mente que isso não sig­nifi­ca que ten­ha que alo­car $ 200 mil­hões a um lança­men­to de pro­du­to das pro­porções de um Win­dows 95.

Emb­o­ra o aspeto da comu­ni­cação de mar­ket­ing seja impor­tante no lança­men­to de um pro­du­to, o que mais impor­ta é quão bem o seu pro­du­to se encaixa no mer­ca­do. Para alcançar o ajuste do pro­du­to ao mer­ca­do em causa, a ver­dade é que não pre­cisa de oper­ar com um orça­men­to gigan­tesco ou ter mais 20 anos de exper­iên­cia na área.

Entre muitos estu­dos de caso inspi­radores de ade­quação de pro­du­tos ao mer­ca­do, há um que se desta­ca: o Buffer. A sua cam­pan­ha de mar­ket­ing de pro­du­to foi elab­o­ra­da para val­i­dar a proposição de val­or do seu MVP – e nem pre­cisou de cri­ar um pro­du­to para con­seguir isso.

Para val­i­dar o seu MVP, o Buffer usou uma pági­na de des­ti­no que expli­ca­va o pro­du­to com bre­v­i­dade e cap­tou endereços de e‑mail para uma lista de espera. Depois, usou essa mes­ma lista de espera para recol­her feed­back sobre quais as fer­ra­men­tas con­stru­ir e quais os recur­sos a serem investidos.

As cam­pan­has de pro­moção de ven­das são ini­cia­ti­vas de cur­to pra­zo usadas para estim­u­lar a procu­ra por um deter­mi­na­do pro­du­to ou serviço. Na maio­r­ia das vezes, o obje­ti­vo de uma cam­pan­ha de pro­moção de ven­das é, sim­ples­mente, aumen­tar as ven­das. Pense em ven­das instan­tâneas, ofer­tas por tem­po lim­i­ta­do, coupons, etc. A ideia é diminuir o atri­to e a hes­i­tação do cliente ao faz­er a com­pra (preço, cus­tos de envio etc.) e acel­er­ar o proces­so de decisão, crian­do para isso uma sen­sação de urgência.

Como os descon­tos tem­porários geral­mente trazem resul­ta­dos rápi­dos, pode ser demasi­a­do ten­ta­dor para os profis­sion­ais de mar­ket­ing usar estas cam­pan­has em vari­adas ocasiões. Isto ocorre prin­ci­pal­mente quan­do a empre­sa não atinge a sua cota de ven­das dese­ja­da. No entan­to, exe­cu­tar estas cam­pan­has com mui­ta fre­quên­cia tem as suas desvan­ta­gens. Ou seja, os descon­tos podem desval­orizar uma mar­ca e difi­cul­tar a ven­da de produtos/serviços a preços reg­u­lares num futuro breve.

Uma alter­na­ti­va para ofer­e­cer descon­tos é aumen­tar o val­or do pro­du­to. Por exem­p­lo, você pode adi­cionar mais pro­du­tos para faz­er um pacote, ofer­e­cer alguns brindes ou ofer­e­cer envio grátis.

Exemplo

O Toy­otathon é o even­to anu­al de ven­das da Toy­ota (des­de 1969). Tem lugar nos EUA no final do ano.

É um even­to gigan­tesco. Só em dezem­bro de 2020, “toy­otathon” foi pesquisa­do em média 35 mil vezes no Google. Nesse mês, a Toy­ota vendeu 211,378 car­ros (cer­ca de 11,55% do seu total de ven­das anu­al).

Os fab­ri­cantes e revende­dores de automóveis real­izam este tipo de even­tos porque, quan­do o ano atu­al pas­sa, o stock de car­ros desse ano tor­na-se menos valioso (e os clientes pref­er­em mod­e­los mais novos). Então, por essa razão, ten­tam vender tan­tos car­ros quan­to pos­sív­el antes que os car­ros per­cam o seu val­or de mercado.

Como já men­cionei, os descon­tos podem prej­u­dicar o val­or real da mar­ca e, neste caso, dos car­ros em si. Para resolver este prob­le­ma, a Toy­ota criou uma mar­ca para car­ros com descon­to. Dessa for­ma, os clientes não estão ape­nas a com­prar um Toy­ota com descon­to; estão a par­tic­i­par numa cam­pan­ha Toy­otathon. Todas as partes envolvi­das, cliente e mar­ca, saem a ganhar.

Nota adi­cional.
Estes tipos de pro­moções de ven­das reg­u­lares (como a Black Fri­day e Cyber Mon­day) podem impedir ven­das efe­t­u­adas por meses a fio, pois muitas pes­soas sim­ples­mente esper­am até à real­iza­ção destes eventos.

As cam­pan­has de con­sciên­cia de mar­ca desta­cam a mar­ca e o que ela rep­re­sen­ta (os seus val­ores) para mel­ho­rar o seu recon­hec­i­men­to entre o público-alvo.

Essen­cial­mente, as cam­pan­has de recon­hec­i­men­to de mar­ca são for­mas mais sub­tis, geral­mente indi­re­tas, que afe­tam as ven­das. Des­ta for­ma, em vez de ofer­e­cer descon­tos, os profis­sion­ais de mar­ket­ing lem­brarão ao públi­co que a sua mar­ca é ami­ga do ambi­ente, pro­je­ta­da para pes­soas que não têm medo de “pen­sar difer­ente”, etc.

O preço não é o úni­co fator que moti­va o com­por­ta­men­to do con­sum­i­dor. Às vezes com­pramos coisas porque nos fazem sen­tir bem. Ou talvez porque uma empre­sa par­til­ha dos nos­sos val­ores pes­soais. Ou talvez o pro­du­to nos faça sen­tir como se tivésse­mos entra­do num clube de elite. Out­ras vezes, é uma emoção que sim­ples­mente não con­seguimos explicar.

As mar­cas rep­re­sen­tam este tipo de gatil­hos emo­cionais e cog­ni­tivos que são usa­dos para evo­car ess­es vários fatores na hora da com­pra. Quan­to mais os con­sum­i­dores estiverem cientes de uma deter­mi­na­da mar­ca, maior será a prob­a­bil­i­dade de se lem­brarem dela ao faz­er uma compra.

Out­ra coisa sobre a con­strução do recon­hec­i­men­to da mar­ca é que fun­ciona mel­hor quan­do é um esforço sis­temáti­co. O cus­to de “esque­cer” uma mar­ca pode ser alto, porém exis­tem for­mas de a sal­var do esquec­i­men­to, mes­mo quan­do o momen­to não é ide­al para os con­sum­i­dores faz­erem uma compra.

Exemplo

Ninguém pro­move bebidas geladas nos meses frios de Inver­no mel­hor do que a Coca-Cola. A Coca-Cola San­ta, os ursos polares – ess­es são os códi­gos da mar­ca aos quais os con­sum­i­dores estão expos­tos há décadas.

Existe até uma pági­na ded­i­ca­da no web­site da mar­ca que responde à per­gun­ta: “A Coca-Cola criou o Papai Noel?” Sur­preen­den­te­mente, esta pági­na recebe cer­ca de 900 vis­i­tas orgâni­cas men­sais somente nos EUA.

Durante estas cam­pan­has mul­ti­m­il­ionárias, a Coca-Cola não faz ven­das difí­ceis. Em vez dis­so, ten­ta chegar às nos­sas mesas ao mes­mo tem­po que apre­sen­ta a sua marca.

Com as cam­pan­has de Natal, a Coca-Cola ten­ta cri­ar uma asso­ci­ação men­tal entre a mar­ca e a época de Natal. Vamos sim­pli­ficar um pouco: se a Coca-Cola pode ser asso­ci­a­da ao Natal, pode tam­bém ser asso­ci­a­da às emoções que este feri­ado evoca.

E nor­mal­mente são a ale­gria, o calor e a segu­rança de uma comu­nidade, incluin­do o aconchego de ter a família por per­to. Essas emoções são partes impor­tantes do posi­ciona­men­to da mar­ca da Coca-Cola.

As cam­pan­has de SEO são um con­jun­to de ações coor­de­nadas para mel­ho­rar a clas­si­fi­cação de um web­site nos mecan­is­mos de pesquisa.

Ao mel­ho­rar a clas­si­fi­cação do mecan­is­mo de pesquisa, o seu web­site pode chegar à primeira posição da pági­na de resul­ta­dos do mecan­is­mo de pesquisa (SERP) e, com isso, aproveitar o poten­cial de tráfego orgâni­co (o que rep­re­sen­ta mais de 99% dos cliques de quem pesquisa, de acor­do com este estu­do).

Para ilus­trar o que estou aqui a referir, a clas­si­fi­cação número 1 para a palavra-chave “ver­i­fi­cador de back­links” e palavras-chave rela­cionadas (como “ver­i­ficar back­links” ou “ver­i­fi­cador de back­links gra­tu­ito”) pode ger­ar cer­ca de 14 mil vis­i­tas men­sais, ape­nas a par­tir da pesquisa orgânica.

Como os mecan­is­mos de pesquisa, tal como o Google, usam muitos fatores de clas­si­fi­cação, as cam­pan­has de SEO podem seg­men­tar um ou vários fatores para atin­gir esse mes­mo objetivo.

Aqui estão alguns dos fatores de clas­si­fi­cação conhecidos:

  • Back­links
  • Intenção de pesquisa
  • Autori­dade no tópico
  • Veloci­dade da página

Exemplo

Um exem­p­lo de um obje­ti­vo de uma cam­pan­ha de SEO é con­stru­ir links. Links (tam­bém con­heci­dos como back­links) são um dos fatores de clas­si­fi­cação mais impor­tantes para mecan­is­mos de bus­ca como o Google. É por isso que con­stru­ir links pode mel­ho­rar os seus rank­ings nos SERPs. Por sua vez, quan­to maior a sua clas­si­fi­cação, mais tráfego orgâni­co obtém, por norma.

Além dis­so, use os seus links para “comu­nicar” o val­or do link em direção a out­ras pági­nas. Os profis­sion­ais de SEO chamam isso de méto­do inter­mediário.

Em 2020, o Ahrefs real­i­zou essa cam­pan­ha. Cri­amos uma lista de 63 estatís­ti­cas de SEO, apre­sen­tan­do estatís­ti­cas “dig­nas de terem um link”; em segui­da, ped­i­mos a out­ros pro­pri­etários de web­sites que cri­assem um link para o nos­so artigo.

Assim que o arti­go ficou pron­to, envi­amos 515 e‑mails e recebe­mos 36 back­links de 32 web­sites. Em para­le­lo, a nos­sa lista com “curado­ria” de estatís­ti­cas ocu­pa o primeiro lugar em “estatís­ti­cas de SEO” nos EUA e per­manece entre as cin­co prin­ci­pais para palavras-chave relacionadas.

Nós expli­camos todo o proces­so des­ta cam­pan­ha de SEO de con­strução de link neste vídeo, divi­di­do em três partes:

https://www.youtube.com/watch?v=eTF6OBwidhc

As cam­pan­has de e‑mail mar­ket­ing são sim­ples­mente cam­pan­has de mar­ket­ing divul­gadas através do canal de e‑mail.

Este tipo de cam­pan­ha é fre­quente­mente usa­do para os seguintes propósitos:

  • Inte­gração e acol­hi­men­to de um novo usuário
  • Ger­ação de tráfego
  • Estim­u­lação de leads
  • Pro­moção de vendas
  • Boletins infor­ma­tivos
  • Aban­dono do car­rin­ho de com­pras (tal como no exem­p­lo demon­stra­do abaixo)

O mel­hor aspeto do email mar­ket­ing é que ele usa um canal de mar­ket­ing próprio para se comu­nicar com um públi­co “qual­i­fi­ca­do” (ou seja, pes­soas que con­hecem a sua mar­ca e der­am per­mis­são para uma comu­ni­cação dire­ta consigo).

Out­ra grande van­tagem do mar­ket­ing por e‑mail é que pode autom­a­tizá-lo, crian­do flux­os de tra­bal­ho que são auto­mati­ca­mente ati­va­dos (ou inter­rompi­dos) com base em condições pre­vi­a­mente especi­fi­cadas no soft­ware. Por exem­p­lo, clicar em um link no e‑mail ou cri­ar uma lista de clientes que aban­donaram os seus car­rin­hos de com­pra. Des­ta for­ma, um fluxo de tra­bal­ho de e‑mail pode pare­cer-se com algo como:

Exemplo

E‑mails envi­a­dos a seguir ao aban­dono do car­rin­ho de com­pras, por um deter­mi­na­do com­prador, podem aju­dar a recu­per­ar 8% dos car­rin­hos aban­don­a­dos e ger­ar 4% mais ven­das.

Tuft & Nee­dle, uma mar­ca de pro­du­tos para cama, mostra-nos como elab­o­rar uma cam­pan­ha de aban­dono de car­rin­ho, sem pare­cer muito agres­si­va na sua abor­dagem. A mar­ca envia uma cam­pan­ha de e‑mail em três partes para os com­pradores que colo­caram pro­du­tos no car­rin­ho, mas saíram sem comprar.

O primeiro e‑mail sim­pa­ti­za com o cliente sobre o dile­ma de com­prar o colchão cer­to. A empre­sa sabe que “com­prar colchões é um ver­dadeiro prob­le­ma” e que é necessário levar algu­mas sem­anas para decidir sobre a com­pra – mas não sem antes ler “As 12 respostas para os seus prin­ci­pais medos de com­prar um colchão online”.

O segun­do e‑mail realça a “qual­i­dade-preço” dos colchões da empre­sa e intro­duz um colchão de espuma ino­vador. De segui­da, con­vi­da os clientes para out­ra land­ing page, onde se com­para com out­ras empre­sas do ramo.

Por fim, no ter­ceiro e‑mail, a Tuft & Nee­dle garante que se o cliente não gostar do colchão durante as primeiras 100 noites, a empre­sa irá buscá-lo e reem­bol­sar o cliente na totalidade.

Cer­ta­mente, não há muito mais que pos­sa faz­er para recon­quis­tar um cliente. Se um cliente fica “inde­ciso” no proces­so de com­pra, devem ter exis­ti­do algu­mas objeções. E se você abor­dar essas objeções e garan­tir que a com­pra é real­mente livre de riscos, isso dev­e­ria ser um argu­men­to sufi­ciente para faz­er com que o cliente regresse ao cam­in­ho da compra.

Enquan­to esta­mos neste debate, fica aqui uma palavra de cautela na altura de ofer­e­cer descon­tos em e‑mails de aban­dono de car­rin­ho. Siga o exem­p­lo da Tuft & Nee­dles e não ofer­eça descon­tos nesse momen­to, pois isso pode ser uma táti­ca demasi­a­do arrisca­da e que se irá virar con­tra si. Imag­ine que os seus clientes desco­brem e percebem esta sua táti­ca como for­ma de con­seguir descon­tos, aban­do­nan­do os car­rin­hos de com­pras online intencionalmente.

Tal como nas cam­pan­has de e‑mail, o que difer­en­cia as cam­pan­has de redes soci­ais de out­ros tipos é que elas uti­lizam platafor­mas de redes soci­ais para atin­gir o público-alvo.

Assim como com o email mar­ket­ing tam­bém, as redes soci­ais per­mitem que você inter­a­ja dire­ta­mente com um públi­co que segue a sua mar­ca. Con­tu­do, ao con­trário do e‑mail, as men­sagens nas redes soci­ais podem-se espal­har rap­i­da­mente para além dos seus seguidores atu­ais de for­ma a alcançar um públi­co maior, organi­ca­mente. (Obser­vação: o alcance orgâni­co tem vin­do a diminuir ao lon­go dos anos, espe­cial­mente no Face­book e no Insta­gram.)

Por out­ro lado, você pode (e muitas vezes deve) ampli­ficar a sua men­sagem com pub­li­ci­dade paga nas redes soci­ais. Para faz­er isso, aproveite a seg­men­tação com base em vários fatores, como a local­iza­ção, idade ou interesses.

As redes soci­ais ofer­e­cem vari­adas pos­si­bil­i­dades, tor­nan­do-se um bom ali­a­do para atin­gir difer­entes obje­tivos, tais como:

  • Ger­ação de tráfego.
  • Con­stru­ir e nutrir uma comunidade.
  • Cri­ar con­sciên­cia de marca.
  • Ger­ar lucros.
  • Incen­ti­var à cri­ação de con­teú­do por parte dos usuários.

Exemplo

A Apple ini­ciou a sua con­ta no Insta­gram em 2017 com a cam­pan­ha #shotoni­phone. Nes­ta cam­pan­ha (ain­da em cur­so), a empre­sa pub­li­ca fotos e vídeos de qual­i­dade feitos em iPhones. Esta é uma óti­ma maneira de pro­mover ess­es fatores de destaque chave dos seus produtos.

Além dis­so, a Apple incen­ti­va os usuários do Insta­gram a par­til­har as suas fotos tiradas no iPhone usan­do a mes­ma hashtag.

O lança­men­to des­ta cam­pan­ha, que se foca em con­teú­do ger­a­do pelos usuários, envolveu os clientes do iPhone, deu à cam­pan­ha um alcance orgâni­co adi­cional no Insta­gram e con­cedeu à Apple um fluxo inter­mináv­el de con­teú­do gra­tu­ito para poderem usar nati­va­mente. Até hoje, a cam­pan­ha #shotoni­phone con­ta com mais de 23 mil­hões de publicações.

As cam­pan­has de relações públi­cas (PR) são usadas para influ­en­ciar pos­i­ti­va­mente a for­ma como uma mar­ca é perce­ciona­da, gerindo e median­do as comu­ni­cações com a impren­sa e o públi­co em geral.

Se PR pode ser con­sid­er­a­do como parte do tra­bal­ho de mar­ket­ing é dis­cutív­el, mas o cer­to é que as cam­pan­has de relações públi­cas, assim como as cam­pan­has de mar­ket­ing, podem afe­tar a procu­ra por um pro­du­to e, por­tan­to, impactar sig­ni­fica­ti­va­mente as vendas.

O que é úni­co no PR, porém, é que ele usa um tipo difer­ente de comu­ni­cação em com­para­ção com o mar­ket­ing. Por exem­p­lo, enquan­to as cam­pan­has de mar­ket­ing são notórias por cri­ar dese­jo e procu­ra dire­ta­mente através de descon­tos e todos os tipos de “ofer­tas espe­ci­ais”, as cam­pan­has de relações públi­cas não sobre isso em nen­hum momento.

Em vez dis­so, uma cam­pan­ha de relações públi­cas ger­ará procu­ra por um deter­mi­na­do pro­du­to ou serviço envian­do comu­ni­ca­dos à impren­sa sobre como um pro­du­to é valioso para o seu públi­co-alvo (por exem­p­lo, o pro­du­to intro­duz um novo tipo de tec­nolo­gia enquan­to ain­da é acessív­el para todos).

As cam­pan­has de relações públi­cas são espe­cial­mente efi­cientes por:

  • Pro­mover uma ideia impor­tante sobre uma marca.
  • Con­stru­ir imagem de marca.
  • Aumen­tar a cred­i­bil­i­dade da mar­ca e a sua reputação.
  • Prov­i­den­ciar val­or acrescentado.
  • Fomen­tar o mar­ket­ing boca a boca.
  • Obter atenção da impren­sa (e tirar par­tido do seu alcance).

Exemplo

Dumb Ways to Die” foi uma cam­pan­ha de relações públi­cas de 2012 que pro­moveu a segu­rança fer­roviária na Aus­trália. De acor­do com o dire­tor cria­ti­vo da cam­pan­ha, “o obje­ti­vo des­ta cam­pan­ha foi inter­a­gir com um públi­co que real­mente não quer ouvir nen­hum tipo de men­sagem de segu­rança, e achamos que maneiras idio­tas de mor­rer o fari­am – e assim foi”.

https://www.youtube.com/watch?v=IJNR2EpS0jw

Como pode ver­i­ficar, esta cam­pan­ha é uma abor­dagem cria­ti­va e bem-humora­da do prob­le­ma dos aci­dentes fer­roviários. Faz você pen­sar sobre a morte de uma maneira que é, dig­amos, suportáv­el. Tudo isto, no fun­do, para que você pos­sa real­mente imag­i­nar o quão estúpi­do seria mor­rer de uma destas maneiras descritas.

Emb­o­ra esta cam­pan­ha ten­ha sido crit­i­ca­da por alguns pelo risco de causar o efeito opos­to, “Dumb Ways to Die” gan­hou muitos elo­gios da indús­tria do mar­ket­ing (cam­pan­ha mais pre­mi­a­da no Cannes Lions de todos os tem­pos), tor­nan­do-se viral na internet.

Curiosa­mente, diz-se que a cam­pan­ha reduz­iu os aci­dentes fer­roviários em 30% na Aus­trália.

As chamadas cam­pan­has de mar­ket­ing 360 são sobre a pro­moção de um pro­du­to ou serviço usan­do uma men­sagem coesa por meio de vários canais de marketing.

Para ter um ter­mo de com­para­ção, enquan­to as cam­pan­has de redes soci­ais e e‑mail usam um só canal, as cam­pan­has de mar­ket­ing 360 usam ess­es mes­mos dois canais e mais para trans­mi­tir a men­sagem. Além dis­so, out­ros tipos de cam­pan­has, como as cam­pan­has de mar­ket­ing de pro­du­to dis­cu­ti­das ante­ri­or­mente, podem vir a tornar-se cam­pan­has 360, des­de que usem vários canais e ten­ham uma men­sagem unificada.

Vários canais e uma men­sagem coesa – estes dois fatores podem soar bas­tante triv­i­ais, porém as cam­pan­has pro­je­tadas des­ta for­ma e sob este pon­to de vista têm duas van­ta­gens em relação às alter­na­ti­vas de canal único:

  1. Mais canais de mar­ket­ing sig­nifi­cam mais pes­soas alcançadas durante a cam­pan­ha e mais como­di­dade para os seus poten­ci­ais clientes entrarem em con­ta­to com a sua marca.
  2. Uma men­sagem coesa e em unís­sono repeti­da várias vezes é mais fácil de enten­der, de lem­brar e de, con­se­quente­mente, incen­ti­var o usuário a agir.

As chamadas cam­pan­has de mar­ket­ing 360° tratam da pro­moção de um pro­du­to. Essas duas van­ta­gens tor­nam as cam­pan­has 360° “can­di­datas” ideais para, por exem­p­lo, uma refor­mu­lação do visu­al da mar­ca, intro­dução de um novo pro­du­to no mer­ca­do ou sim­ples­mente para max­i­mizar o alcance e o impacto da mensagem.

Exemplo

Na Ahrefs, uma das coisas que pro­move­mos com mais fre­quên­cia são as nos­sas Fer­ra­men­tas para Web­mas­ters gra­tu­itas da Ahrefs. Pro­move­mo-las através de uma cam­pan­ha integra­da e sem­pre ati­va, abrangen­do todos os nos­sos canais de mar­ket­ing. Aqui estão alguns exem­p­los dos com­po­nentes des­ta campanha.

A par­tir da pesquisa orgâni­ca, podemos ver que a pági­na de des­ti­no do “Ahrefs Web­mas­ter Tools” recebe cer­ca de 1,7 mil vis­i­tas de pesquisa orgâni­ca. Este é um tráfego pas­si­vo, quase gra­tu­ito, e sem pro­moção adicional.

Por con­se­quên­cia, o mar­ket­ing de con­teú­do é um dos pilares cen­trais dos nos­sos esforços de mar­ket­ing e, uma vez que nos con­cen­tramos prin­ci­pal­mente em tópi­cos rela­ciona­dos com SEO, temos várias ocasiões para poder apre­sen­tar esta nos­sa ferramenta.

Para ilus­trar esta con­statação, este arti­go sobre SEO para star­tups deu-nos uma opor­tu­nidade de men­cionar as Fer­ra­men­tas para Web­mas­ters da Ahrefs de uma maneira fácil e amigáv­el para prin­cipi­antes, de for­ma a poderem resolver prob­le­mas téc­ni­cos de SEO.

Nat­u­ral­mente, tam­bém existe con­teú­do ded­i­ca­do a este pro­du­to, como este vídeo que expli­ca como usá-lo para mel­ho­rar o SEO:

https://www.youtube.com/watch?v=ipTk-qGrNlc

Para além dos canais orgâni­cos, tam­bém pro­move­mos esta fer­ra­men­ta por meio de vari­a­dos canais pagos e um deles é o patrocínio, a pub­li­ci­dade. Aqui está um excer­to de uma newslet­ter patroci­na­da envi­a­da por uma das maiores revis­tas da indús­tria de SEO, a Search Engine Journal.

Este tipo de men­sagem pode resul­tar em mais inscrições para as nos­sas Fer­ra­men­tas para Web­mas­ters, uma vez que:

  • O Search Engine Jour­nal tem um públi­co alta­mente qual­i­fi­ca­do para um pro­du­to como o nos­so e com as nos­sas caraterísticas.
  • O nos­so ape­lo à ação (call to action) está foca­do em faz­er com que as pes­soas exper­i­mentem um pro­du­to gra­tu­ito. A ação de pedir a alguém (que nem está na nos­sa lista de sub­scritores) se com­pro­m­e­ter com uma assi­natu­ra paga só porque envi­amos um e‑mail causa muito mais atri­to na hora da com­pra e, por out­ro lado, descon­fi­ança na marca.

Considerações finais

Espero que os exem­p­los dis­cu­ti­dos neste arti­go lhe con­fi­ram uma ideia de qual o tipo de cam­pan­ha de mar­ket­ing que dev­erá usar num futuro próximo.

Aci­ma de tudo, pense no obje­ti­vo que dese­ja alcançar com a cam­pan­ha, pois nen­hu­ma cam­pan­ha de mar­ket­ing é um “remé­dio” e uma sal­vação para todos os males por si só. Por exem­p­lo, se você dese­ja aumen­tar as suas ven­das rap­i­da­mente, uma cam­pan­ha de pro­moção de ven­das ofer­e­cerá mel­hores resul­ta­dos em menos tem­po do que, dig­amos, uma cam­pan­ha de recon­hec­i­men­to de marca.

Se, neste momen­to, ain­da está con­fu­so sobre quais as metas pri­or­itárias, comece por elab­o­rar uma estraté­gia de mar­ket­ing. Se pre­cis­ar de mais inspi­ração, vá apri­moran­do a escol­ha dos obje­tivos de mar­ket­ing cer­tas ao lon­go do processo.

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