Conteúdo Curto vs. Conteúdo Longo: Qual é Melhor para SEO?

Conteúdo Curto vs. Conteúdo Longo: Qual é Melhor para SEO?

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Diretor de conteúdo da Ahrefs (ou, de forma simplificada, sou o responsável por garantir que cada artigo no blog que aqui publicamos é ÉPICO).
Con­teú­do de for­ma­to lon­go não é nec­es­sari­a­mente mel­hor para efeitos de SEO em com­para­ção com con­teú­do for­ma­to cur­to. Tal como várias coisas em SEO, depende de alguns fatores.

Por vezes, pro­duzir con­teú­do de for­ma­to lon­go é sim­ples­mente um des­perdí­cio de recur­sos. Noutras situ­ações, é algo necessário para ter mais chances de ser clas­si­fi­ca­do nos motores de busca.

Neste guia, você apren­derá uma maneira sim­ples de desco­brir quan­to escr­ev­er tópi­co por tópico.

Mas primeiro, vamos clar­i­ficar as nos­sas definições:

O con­teú­do de for­ma­to cur­to é aprox­i­mada­mente qual­quer coisa com menos de 1.000 palavras. É assim que escol­he­mos defi­ni-lo, mas as suas definições vari­am. Pode-se con­sid­er­ar ape­nas algo com menos de 500 palavras como con­teú­do de for­ma­to cur­to — e está tudo bem.

O con­teú­do de for­ma­to lon­go tem aprox­i­mada­mente mais de 1.000 palavras. Nova­mente referindo, é assim que escol­he­mos defi­ni-lo. Você pode dis­cor­dar e só ver como con­teú­do de for­ma­to lon­go algo que ten­ha mais de 2.000 palavras. Você decide a sua própria definição.

Se está a colo­car a per­gun­ta no con­tex­to de SEO, provavel­mente está a ques­tionar: “Pre­ciso de escr­ev­er mil­hares de palavras para clas­si­ficar essa mes­ma palavra-chave? Ou pos­so escr­ev­er algo mais curto?”

É uma per­gun­ta per­ti­nente, porém não deve decidir isso definin­do uma con­tagem de palavras arbi­trária e aleatória.

Em vez dis­so, per­gunte a si mes­mo: “Quan­to con­teú­do eu pre­ciso escr­ev­er para sat­is­faz­er quem pesquisa pelo tópi­co que abordo?”

Aqui está uma maneira dire­ta de respon­der a essa per­gun­ta em cin­co etapas:

1. Olhe para o que está a ser classificado no momento

Recol­ha os resul­ta­dos da pesquisa para a sua palavra-chave de des­ti­no. Você pode faz­er isso de duas maneiras.

Se for um usuário do Ahrefs, use o Explo­rador de Palavras-chave e vá para baixo até à visão ger­al da pági­na de resul­ta­dos dos motores de bus­ca (SERP):

Se ain­da não é um usuário Ahrefs, pesquise no Google através de uma guia anôn­i­ma e use a bar­ra de fer­ra­men­tas de SEO da Ahrefs para visu­alizar os resul­ta­dos do seu local de destino.

2. Escolha um formato de conteúdo

É improváv­el que o seu con­teú­do seja clas­si­fi­ca­do, a menos que este­ja alin­hado com o que as pes­soas que pesquisam dese­jam, inde­pen­den­te­mente do quan­to você escreve. É por isso que, geral­mente, é mel­hor escol­her um for­ma­to de con­teú­do que já este­ja clas­si­fi­ca­do positivamente.

Aqui estão alguns for­matos de con­teú­do pop­u­lares a serem observados:

  • Guias
  • Lis­tas
  • Como Faz­er X”
  • Tuto­ri­ais
  • Avali­ações
  • Definições/Glossários
  • Pub­li­cações “Vs.” (de com­para­ção de produtos)

Por exem­p­lo, se olhar­mos para os arti­gos de blog clas­si­fi­ca­dos como “SEO de comér­cio eletróni­co”, eles são prati­ca­mente todos guias…

… então, des­ta for­ma, está claro que tam­bém deve­mos escr­ev­er um guia.

Se obser­var­mos os arti­gos clas­si­fi­ca­dos como “cani­bal­iza­ção de palavras-chave”, ver­e­mos uma mis­tu­ra de definições e instruções:

Isso é con­heci­do como uma palavra-chave de intenção mista.

Com palavras-chave de intenção dupla, você decide qual o for­ma­to a cri­ar. Ape­nas ten­ha em mente que alguns for­matos de con­teú­do lhe darão uma opor­tu­nidade mel­hor de pro­mover seu negó­cio do que outros.

Por exem­p­lo, uma vez que pode encon­trar prob­le­mas de cani­bal­iza­ção de palavras-chave usan­do a nos­sa fer­ra­men­ta, faz mais sen­ti­do escr­ev­er um tuto­r­i­al do que uma postagem de definição do que é este problema.

3. Crie um rascunho de plano com foco na pesquisa do potencial usuário

Um plano foca­do em pesquisa é um plano bási­co para o seu con­teú­do que se inspi­ra em con­teú­do semel­hante de alto nív­el. A lóg­i­ca aqui é que o con­teú­do semel­hante de qual­i­dade ele­va­da sat­is­faz clara­mente quem pesquisa, por­tan­to, anal­isá-lo pode ajudá-lo a enten­der o que eles desejam.

O mel­hor pon­to de par­ti­da para um plano foca­do na pesquisa é uma análise de lacu­nas de conteúdo.

Dig­amos que quer­e­mos cri­ar um guia que seg­mente a palavra-chave “der­ra­mar café”.

Se olhar­mos para os guias com clas­si­fi­cação mais alta e inserir­mos os seus URLs na fer­ra­men­ta Con­tent Gap da Ahrefs, ver­e­mos todas as palavras-chave para as quais uma ou mais dessas pági­nas clas­si­fi­cam, nas primeiras dez posições de topo. Obser­van­do essas palavras-chave, podemos começar a extrair sub­tópi­cos que podemos (e deve­mos) incluir no ras­cun­ho do nos­so plano:

Se pre­cis­ar de mais inspi­ração para o seu plano, vis­ite as próprias pági­nas e observe os seus sub­tí­tu­los. Isso tam­bém aju­dará você a enten­der mel­hor como estru­tu­rar o con­teú­do e poderá rev­e­lar sub­tópi­cos que não tomou conhecimento.

Por exem­p­lo, se abrir­mos dois guias de alto nív­el para “der­ra­mar café” e usar­mos a bar­ra de fer­ra­men­tas de SEO do Ahrefs para visu­alizar os sub­tí­tu­los, ver­e­mos que ambos falam sobre equipa­men­tos para este propósito:

Isto é pos­sivel­mente algo impor­tante que deve con­sid­er­ar incluir.

Tam­bém podemos con­statar que ambos os guias começam com uma definição e isso faz todo o sen­ti­do. É provavel­mente o mel­hor pon­to de par­ti­da para qual­quer guia de café derramado.

Veja como pode ficar o nos­so ras­cun­ho final foca­do na intenção de pesquisa para este tópico:

4. Comece a escrever

Final­mente é hora de colo­car a cane­ta no papel e trans­for­mar o seu esboço em “con­teú­do”.

É aqui que você pode expandir a sua cria­tivi­dade e par­til­har o seu con­hec­i­men­to com o mun­do. Ape­nas lem­bre-se de não se afas­tar muito do seu esboço ini­cial, pois ele está lá para garan­tir que você cobre o que é necessário para sat­is­faz­er quem pesquisa.

Não se pre­ocupe com a con­tagem de palavras ou com o taman­ho nes­ta fase; con­cen­tre-se ape­nas em colo­car os pen­sa­men­tos a fluir.

Aqui estão algu­mas dicas úteis se estiv­er com difi­cul­dades em progredir:

  1. Escri­ta livre – É aqui que você escreve e não pára. Sem pre­ocu­pação em cor­ri­gir erros de ortografia. Nada de ree­scr­ev­er fras­es. Ape­nas escre­va. Você provavel­mente desco­brirá que o seu con­teú­do flui mel­hor se dom­i­nar esta táti­ca de escrita.
  2. Use a téc­ni­ca “Pomodoro” – É neste momen­to que você escreve por 25 min­u­tos antes de faz­er uma pausa de cin­co. Repi­ta este proces­so quan­tas vezes forem necessárias para finalizar o seu con­teú­do. (Aqui está um cronómetro Pomodoro gra­tu­ito.)
  3. Use uma fer­ra­men­ta para com­bat­er a dis­tração enquan­to escreve Bear é a min­ha favorita, mas exis­tem out­ras apli­cações semelhantes.

Seja qual for o aplica­ti­vo que você usa, não recomen­do usar um que mostre a con­tagem de palavras enquan­to digi­ta. É muito per­tur­bador e pode faz­er com que pense: “Isso está a ficar lon­go” ou “Isso parece muito curto”.

Este é o tipo de pen­sa­men­to que você quer evi­tar a todo o cus­to. Só deve estar pre­ocu­pa­do em escr­ev­er o quan­to pre­cis­ar e nada mais; não olhe para a con­tagem de palavras.

5. Apague o que for desnecessário

Inde­pen­den­te­mente de o con­teú­do tomar a for­ma de cur­to ou lon­go, o seu primeiro ras­cun­ho será sem­pre muito lon­go. Terá fras­es cor­ri­das, pon­tos que ninguém quer ler e pará­grafos exces­si­va­mente longos.

Isso pode pare­cer prej­u­di­cial, mas é exata­mente como um primeiro ras­cun­ho deve ser. Achará muito mais fácil cor­tar e refi­nar as suas ideias quan­do elas estiverem no papel do que ficar obceca­do com elas à medi­da que avança.

Veja como faz­er isso em três etapas:

O primeiro pas­so é a auto edição. É aqui que pas­sa pelo seu primeiro ras­cun­ho e cor­ta qual­quer obser­vação desnecessária do tex­to. Por out­ro lado, tam­bém deve ree­scr­ev­er as fras­es com­pli­cadas e con­fusas, garan­ti­n­do que as coisas estão o mais con­cisas pos­sív­el. Fer­ra­men­tas como o Hem­ing­way, a Clarice e o Gram­marly podem aju­dar com isso.

O segun­do pas­so é ter um ami­go ou cole­ga para lhe dar feed­back. Isso pode ser com­pli­ca­do, pois a maio­r­ia das pes­soas não vai quer­er ferir os seus sen­ti­men­tos. Eu recomen­do pedir explici­ta­mente feed­back sobre coisas que você pode cor­tar ou encur­tar. Isso deve tornar o feed­back mais foca­do e reduzir a ansiedade de se sen­tir ofendido.

O ter­ceiro pas­so (e final) é uma ron­da de auto edições com base no feed­back do seu ami­go ou colega.

Seja qual for a sua con­tagem de palavras neste pre­ciso momen­to, é o tem­po ide­al que o seu con­teú­do pre­cisa de ter. Talvez seja de for­ma lon­ga; talvez seja de for­ma cur­ta. Não impor­ta. O que impor­ta é que você escreveu o que é necessário para cor­re­spon­der às expec­ta­ti­vas das pes­soas que pesquisam pelo tópico.

Isto é assim tão simples?

Um tan­to ou quan­to – con­tu­do, exis­tem out­ros fatores para ter em mente que podem influ­en­ciar a sua decisão final.

Não deve repetir o tópico constantemente

Dig­amos que está a pesquis­ar sub­tópi­cos para um con­teú­do e encon­trou um que já ten­ha abor­da­do no seu website.

Por exem­p­lo, o nos­so guia para prin­cipi­antes sobre con­strução de links tem como alvo prin­ci­pal a palavra-chave “con­strução de links”. Se inserir­mos dois guias de qual­i­dade ele­va­da para essa palavra-chave na fer­ra­men­ta Con­tent Gap da Ahrefs, ver­e­mos que quem pesquisa quer saber sobre estraté­gias e téc­ni­cas de cri­ação de links:

Mas é o seguinte — já pub­li­camos guias ded­i­ca­dos sobre a maio­r­ia destas estratégias:

Por esse moti­vo, decidi­mos não deb­itar toda a infor­mação neste guia e torná-lo desnec­es­sari­a­mente lon­go. Em vez dis­so, opta­mos por man­ter as coisas breves e vin­cu­lar os nos­sos guias sobre cada táti­ca, caso o leitor queira apren­der mais.

Então, em cada “pub­li­cação secundária” sobre uma táti­ca indi­vid­ual, adi­cionamos um link de vol­ta para o nos­so guia de cri­ação de links.

Isto é con­heci­do como “clus­ter” de tópi­cos ou hub de con­teú­do, e exis­tem algu­mas razões pelas quais pode ser bené­fi­co para o SEO.

Você pode escrever várias publicações segmentando para várias intenções

Vamos escol­her uma palavra-chave como por exem­p­lo, “blog com convidados.”

Se olhar­mos para a pági­na de resul­ta­dos dos motores de bus­ca, é uma mis­tu­ra entre ‘definições’ e ‘guias’:

As definições são geral­mente cur­tas e os guias lon­gos, por sua vez.

Emb­o­ra você pos­sa escol­her um for­ma­to para cri­ar, você tam­bém pode con­sid­er­ar a cri­ação de várias pub­li­cações em for­matos difer­entes para ten­tar gan­har várias clas­si­fi­cações. Nesse caso, isso sig­nifi­caria cri­ar uma postagem do tipo ‘definição’ de for­ma­to cur­to e um guia de for­ma­to longo.

O Yoast fez isso com suces­so para a palavra-chave “URL canónico”:

Você pode querer abordar palavras-chave competitivas de forma distinta

Dig­amos que se encon­tra a seg­men­tar uma palavra-chave bas­tante com­pet­i­ti­va como “SEO”. Vemos uma mis­tu­ra de definições e guias na SERP, mas prati­ca­mente todos eles têm back­links de mil­hares de websites:

A maio­r­ia dessas pági­nas são anti­gas, acu­mu­la­ram diver­sos back­links ao lon­go de muitos anos e con­tin­u­am a gan­há-los graças ao ciclo de vida do SEO:

Resu­min­do: se quis­er clas­si­ficar para essa palavra-chave, pre­cis­ará de obter muitos backlinks.

Nesse caso, provavel­mente terá difi­cul­dades para faz­er isto seguin­do a mul­ti­dão com um con­teú­do foca­do em pesquisa. Des­ta for­ma, terá mais chances de atrair os links de que pre­cisa pub­li­can­do algo inter­es­sante ou ino­vador (e, de prefer­ên­cia, divul­gan­do os links).

Observe que isto não sig­nifi­ca que pre­cisa de pub­licar con­teú­do de for­ma­to lon­go. Guias de for­ma­to lon­go podem ser “mag­néti­cos” para ger­ar mais back­links, porém o que não quer diz­er que não pos­sam ser peças de for­ma­to curto.

Por exem­p­lo, veja o LearningSEO.io de Aleyda:

A ver­são orig­i­nal deste (foto aci­ma) foi pub­li­ca­da em fevereiro de 2021 com ape­nas 114 palavras na pági­na. No entan­to, con­seguiu atrair links de mais de 560 domínios de refer­ên­cia em ape­nas nove meses:

O meu pal­pite é que a Aley­da não está a ten­tar clas­si­ficar para nada aqui ilustra­do (espe­cial­mente não rela­ciona­do com “SEO”) e, des­ta maneira, sim­ples­mente criou isso para ret­ribuir à comu­nidade. Con­tu­do, o pon­to per­manece: se quer ger­ar links, não se tra­ta de for­ma­to cur­to ver­sus for­ma­to lon­go. Tra­ta-se de cri­ar algo que faça sen­ti­do para as pes­soas (para o seu públi­co-alvo) e colo­car esse con­teú­do à sua frente.

Considerações finais

Con­cen­tre-se em sat­is­faz­er quem pesquisa e não a atin­gir uma con­tagem arbi­trária de palavras.

Se estiv­er a tra­bal­har com free­lancers e pre­cis­ar de lhes dar infor­mação de um val­or aprox­i­ma­do que paga por palavra, per­mi­ta que o seu esboço/plano foca­do na pesquisa o guie. Se não hou­ver mui­ta infor­mação para cobrir, diga-lhes ape­nas para man­ter a escri­ta cur­ta e con­cisa. Se hou­ver muito a cobrir, dê um lim­ite aprox­i­ma­do de palavras e peça que lhe per­gun­tem, no final, se o con­teú­do pre­cisa de ser ain­da mais lon­go. Tome nota que dar um pouco de flex­i­bil­i­dade é fun­da­men­tal, nes­tas ocasiões, para o con­teú­do poder prosperar.

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