8 Tendências de Marketing Digital que Continuarão Populares em 20222

8 Tendências de Marketing Digital que Continuarão Populares em 20222

Mateusz Makosiewicz
Investigador de marketing e educador da Ahrefs. Mateusz tem mais de 10 anos de experiência em marketing adquirida em agências, SaaS e empresas de hardware. Quando não está a escrever, ele compõe música ou faz longas caminhadas.
O mar­ket­ing está a mudar mais rápi­do do que nun­ca. Todos aque­les que pre­ten­dem tornar-se profis­sion­ais de mar­ket­ing ou que gerem depar­ta­men­tos de mar­ket­ing inteiros sabem dis­so mel­hor do que qual­quer out­ro profis­sion­al. Seguir as últi­mas tendên­cias do mun­do do mar­ket­ing pode fornecer alguns resul­ta­dos a cur­to pra­zo, mas as estraté­gias de mar­ket­ing não podem depen­der somente de modas e/ou tendências.

Para um bom planea­men­to de mar­ket­ing, a lon­go pra­zo, você pre­cisa de bases sól­i­das: estraté­gias e táti­cas que mostraram bons resul­ta­dos no pas­sa­do e provavel­mente o farão no futuro. Ao final de con­tas, as ativi­dades de mar­ket­ing pros­per­am com con­stantes redefinições e ajustes. Quan­to mais tem­po você ded­i­ca a algo, mel­hor se tor­na nes­sa área.

É por isso que nes­ta listagem de tendên­cias para mar­ket­ing dig­i­tal, con­cen­tramos a nos­sa atenção em oito que não são ape­nas modas do setor, mas direções gerais para as quais o mar­ket­ing está a cam­in­har em 2022 — e no futuro próximo.

Neste arti­go, vamos abor­dar o seguinte:

  1. Intenção de pesquisa é rei
  2. Mar­ket­ing boca a boca ain­da é uma tendência
  3. Fatores de pri­vaci­dade impactam o desem­pen­ho da pub­li­ci­dade digital
  4. Estraté­gia de mar­ket­ing “omnichan­nel” é importante
  5. Vídeo é um canal essen­cial de marketing
  6. Dados analíti­cos mudaram o mar­ket­ing por completo
  7. Exper­iên­cias sem atri­to são ideais para clientes e usuários: o momen­to do “tudo ou nada”
  8. O tra­bal­ho remo­to veio para ficar

Intenção de pesquisa ref­ere-se à razão por detrás da própria pesquisa. O Google ten­ta com­preen­der o sig­nifi­ca­do das pesquisas das pes­soas e a cat­e­go­ria de infor­mação para a qual nós, enquan­to usuários, esta­mos a ten­tar encon­trar respostas.

Por exem­p­lo, o Google clas­si­fi­ca os guias mais altos para uma intenção de caráter infor­ma­ti­vo — por exem­p­lo, “como afi­nar uma guitarra”.

Por out­ro lado, para uma con­sul­ta transa­cional como “Ama­zon”, o Google sabe que um usuário está a ten­tar nave­g­ar para o web­site do comér­cio eletróni­co mais rel­e­vante para a sua local­iza­ção geográ­fi­ca (em vez de encon­trar infor­mações sobre o rio Amazonas).

O Google acred­i­ta em otimiza­ção para humanos, não em algo­rit­mos. De fac­to, alguns dos sofisti­ca­dos algo­rit­mos de apren­diza­gem da máquina que é o Google, como o BERT ou MUM, são intro­duzi­dos para tornar o mecan­is­mo de pesquisa “mais humano”. Ou seja, o mecan­is­mo de bus­ca deve enten­der as infor­mações tão bem quan­to os humanos, idealmente.

Exis­tem muitas tendên­cias recon­heci­das em SEO, mas a intenção de pesquisa é e provavel­mente con­tin­uará a ser a prin­ci­pal. Afi­nal, é a raiz prin­ci­pal do negó­cio da própria Google.

O que fazer acerca disso

Pro­jete e otimize o con­teú­do com uma intenção de pesquisa em mente. Isso resume-se a exam­i­nar as pági­nas de resul­ta­dos de pesquisa de uma con­sul­ta especí­fi­ca e iden­ti­ficar os três Cs dessa intenção de pesquisa:

  • Tipo de con­teú­do – Qual é o tipo de con­teú­do no ger­al? É um arti­go de blog, uma pági­na de pro­du­to ou um vídeo? Por exem­p­lo, este con­teú­do que você está a ler da Ahrefs é um arti­go de blog.
  • For­ma­to do con­teú­do – Alguns for­matos mais comuns incluem guias “de como faz­er” cer­ta coisa, arti­gos de listagem com dicas ou tendên­cias em cer­ta indús­tria, resen­has, com­para­ções, etc. O arti­go que está a ler ago­ra é um arti­go de listagem.
  • Ângu­lo do con­teú­do – O pon­to de difer­en­ci­ação exclu­si­vo da peça de con­teú­do. Por exem­p­lo, “mel­hor”, “mais bara­to”, etc. Con­segue adi­v­in­har qual é o ângu­lo deste artigo?

Depois de iden­ti­ficar os três Cs da intenção de pesquisa, você deve ter uma boa ideia de que tipo de con­teú­do o Google “recomen­da” aos seus usuários para con­sul­tas de pesquisa específicas.

Leitu­ra recomen­da­da: O que é Intenção de Pesquisa? Um Guia Com­ple­to para Principiantes

Mar­ket­ing boca a boca é uma “força invisív­el” por detrás do suces­so de várias mar­cas e o herói nun­ca recon­heci­do por con­vert­er prospeções em clientes. Aqui ficam alguns dados para ilus­trar o meu pon­to de vista:

  • 83% dos entre­vis­ta­dos de 60 país­es con­fi­am nas recomen­dações de ami­gos e famil­iares e 66% con­fi­am em recomen­dações online (Nielsen).
  • 74% dos com­pradores (para cat­e­go­rias de automóveis, beleza e smart­phones) iden­ti­fi­cam o boca a boca como o prin­ci­pal pon­to de influên­cia nas suas decisões de com­pra (Google, TNS, & Ogilvy).

Na Ahrefs, nós desco­b­ri­mos que isto é efe­ti­va­mente ver­dade e que o mar­ket­ing boca a boca está no top três de canais de aquisição de clientes.

Graças à mídia online, essa “força invisív­el” que é o mar­ket­ing boca a boca – o canal mais difí­cil de notar e anal­is­ar – tornou-se bas­tante tangív­el. Podemos teste­munhar no seguinte:

  • Redes soci­ais – Boca a boca pode ser obser­va­do quer em con­ver­sas (nas secções de comen­tários), quer na par­til­ha de con­teú­do da marca.
  • Con­teú­do ger­a­do pelos usuários acer­ca de mar­cas e dos seus respetivos pro­du­tos – Avali­ações de clientes, aber­tu­ra de pro­du­tos (quan­do ain­da embal­a­dos) ou fotografias de fãs pub­li­cadas no Insta­gram são um óti­mo exemplo.
  • A proliferação/crescimento do mar­ket­ing de influ­en­ci­adores – Enquan­to o mar­ket­ing de influ­en­ci­adores é um tipo de mar­ket­ing por si só, a real­i­dade é que tem fun­ciona­do tão bem dev­i­do à mes­ma mecâni­ca do que acon­tece com o boca a boca: pes­soas con­fi­am em pes­soas mais do que em marcas.

O que fazer acerca disso

Primeiro, crie um exce­lente pro­du­to ou serviço. Sem um, não irá muito longe. Dev­erá orgul­har-se de ter cri­a­do algo que seja capaz de exced­er as expeta­ti­vas de clientes e par­ceiros, isto é, capaz de mel­ho­rar a vida de out­ros e ir ao encon­tro das suas necessidades.

Se as pes­soas real­mente gostarem do seu pro­du­to, elas começarão a expressá-lo online e offline. Você pode afe­tar poten­cial­mente a veloci­dade e a escala desse proces­so por meio de algu­mas táti­cas de mar­ket­ing, como:

  • Enco­ra­jar usuários a par­til­har fotografias ou vídeos cur­tos acer­ca do seu pro­du­to, usan­do um hash­tag específico.
  • Cri­ar con­teú­do que vai ao encon­tro das razões provadas pelas quais as pes­soas par­til­ham con­teú­do nas suas redes soci­ais pes­soais.
  • Par­til­har teste­munhos pos­i­tivos sobre o seu negó­cio (atenção: não se gabe propositadamente).
  • Par­til­har avali­ações ao seu produto.
  • Envolver-se em con­ver­sas — ou até mes­mo ini­ciá-las. Cuida­do: isso pode ser assus­ta­dor. Você tem muito pouco (se algum) con­tro­lo sobre tais situ­ações, mas cor­agem e transparên­cia per­cor­rem um lon­go cam­in­ho no mun­do do mar­ket­ing. Além dis­so, pode apren­der muito com o feed­back que vai receben­do com o pas­sar do tempo.

A cada dois anos, exata­mente no mes­mo dia, o nos­so CMO faz a mes­ma per­gun­ta ao bom pes­soal da comu­nidade do Red­dit: “Gostam do que fazemos?”

Fac­to #1. Os nave­g­adores Safari e Fire­fox já blo­queiam cook­ies de ter­ceiros por padrão. Caso se este­ja a ques­tionar, cook­ies de ter­ceiros são pequenos arquiv­os de tex­to definidos por um site difer­ente daque­le que está a con­sul­tar, usa­dos prin­ci­pal­mente para ras­trear usuários entre web­sites (e exibir anún­cios de redi­rec­ciona­men­to, por exemplo).

Fac­to #2. O Google pla­neou parar de ofer­e­cer suporte a cook­ies de ter­ceiros no Chrome até 2022. Em segui­da, atra­sou esse pro­je­to até 2023.

Fac­to #3. A par­tir do iOS 14, a Apple começou a exi­gir um opt-in vol­un­tário para a Iden­ti­fi­cação de Anun­ciantes (IDFA) por inter­mé­dio dos seus usuários. Tradução: Empre­sas, como a Face­book, não “o ras­treiam em aplica­tivos e web­sites”, a menos que dê per­mis­são explíci­ta para tal.

Caso isto não seja suficiente:

  • 42,7% das pes­soas em toda a inter­net, glob­al­mente, uti­lizam blo­queadores de anún­cios (Hoot­suite).
  • Metade dos cidadãos norte-amer­i­canos decid­iu não usar um pro­du­to ou serviço por questões de pri­vaci­dade (Pew Research).
  • Existe uma pro­lif­er­ação de pro­du­tos cri­a­dos com segu­rança e pri­vaci­dade em mente, pro­je­ta­dos para “res­gatá-lo” dos monopólios de cole­ta de dados. Exem­p­los: smart­phones Duck­Duck­Go, Brave, Sig­nal, Pro­ton­Mail e Blockchain.

Todas essas infor­mações con­fer­em-nos uma imagem bas­tante clara da situ­ação, pois as pes­soas terão, teori­ca­mente, mais pri­vaci­dade ao nave­g­ar na web. Como resul­ta­do, os profis­sion­ais de mar­ket­ing terão menos dados sobre poten­ci­ais clientes e, talvez, até menos opções de pub­li­ci­dade, assim como mais dores de cabeça quan­do se tra­ta da cri­ação e atribuição de anúncios.

A maio­r­ia dos profis­sion­ais de mar­ket­ing já ante­ci­pa que as atu­al­iza­ções feitas pelo Google e pela Apple terão um impacto significativo:

O que fazer acerca disso

Pub­li­ci­dade dig­i­tal não irá desa­pare­cer dev­i­do ao “apoc­alipse dos cook­ies”. Aqui fica o porquê:

  • Não esqueçamos que o Google depende prin­ci­pal­mente da recei­ta de anún­cios. Na ver­dade, o Google já está a tra­bal­har em um novo padrão de ras­trea­men­to basea­do no nave­g­ador chama­do Fed­er­at­ed Learn­ing of Cohorts (FLoC). Então, se seguirmos o con­sel­ho da Adroll (uma das maiores empre­sas do ramo de adtech), até que isso acon­teça, é nor­mal não desa­pare­cer do dia para a noite.
  • Grandes edi­tores estão a afas­tar-se de soluções de anún­cios de ter­ceiros em favor da sua própria agre­gação de dados e ven­da de anún­cios, por exem­p­lo, como ref­ere a platafor­ma SAGA do Insid­er.
  • Podemos até mes­mo obser­var uma ampla adoção do sis­tema Uni­fied ID 2.0 (desen­volvi­do pelo The Trade Desk e pelo IAB Tech Lab), que parece ser semel­hante à lóg­i­ca de cook­ies por terceiros.
  • Enquan­to o Face­book sofreu um golpe depois de inter­ferir no IDFA, as próprias soluções de anún­cios da Apple de repente tornaram-se mais apel­a­ti­vas. Parece que a per­da de uns é a vitória de outros.

Por­tan­to, parece que as mar­cas que dese­jam usar pub­li­ci­dade online após 2023 terão muitas out­ras opções. O úni­co obstácu­lo aqui é que eles terão que se adap­tar aos novos padrões e difer­entes for­mas de pub­li­ci­dade (como com­prar anún­cios dire­ta­mente aos editores).

No entan­to, algu­mas mar­cas já estão a ser afe­tadas por fatores de pri­vaci­dade, a ver­i­ficar à diminuição dos cliques nos seus anún­cios e em retornos mais baixos dos seus gas­tos com anún­cios no Facebook.

Out­ros, por sua vez, estão a atu­ar como investi­dores inteligentes, já estão a ado­tar medi­das para diver­si­ficar os seus canais de mar­ket­ing. Medi­das de pri­vaci­dade à parte, ou não, é uma boa ideia inve­stir em mar­ket­ing “omni­canal”, como ver­e­mos na próx­i­ma seção em maior detalhe.

Então, quais são as alter­na­ti­vas que restam neste pon­to? Se quer saber como pode crescer aprovei­tan­do out­ros canais de mar­ket­ing e tráfego mín­i­mo pago, leia o nos­so arti­go abaixo.

Leitu­ra recomen­da­da: 8 Canais Efi­cazes de Mar­ket­ing em 2021 (E Como Usá-los)

O mar­ket­ing “omnichan­nel” con­siste em dar aos clientes atu­ais ou poten­ci­ais clientes aces­so aos seus pro­du­tos, ofer­tas e serviços de suporte em todos os canais, platafor­mas e dis­pos­i­tivos que tem ao dispor.

Esta tendên­cia pode ser facil­mente obser­va­da no comér­cio. Por exem­p­lo, a IKEA per­mite-lhe encomen­dar através de uma loja online, uma apli­cação móv­el, um tele­fone­ma ou com uma visi­ta a uma loja local.

Além dis­so, a IKEA ofer­ece todas as opções de con­ta­to pos­síveis, incluin­do um chat ao vivo com um chama­do chatbot.

Mas vamos ago­ra olhar para o cenário como um todo:

  • A taxa de com­pra de cam­pan­has “omni­canal” é 287% maior do que cam­pan­has de canal único/singular (Omnisend).
  • Os clientes são inde­pen­dentes de qual­quer canal, isto é, não têm qual­quer lig­ação emo­cional com canais em especí­fi­co. Os clientes só esper­am que as empre­sas este­jam disponíveis em qual­quer canal que seja con­ve­niente para eles (Gart­ner).
  • Quan­to mais canais incluir na sua com­bi­nação estratég­i­ca de canais, mel­hor. Mais canais sig­nifi­cam maior como­di­dade para os seus clientes. Mais per­speti­vas sig­nifi­cam mais retorno sob inves­ti­men­to (ROI). Pelo menos, é o que podemos apren­der e con­cluir com esta análise de 6.000 cam­pan­has pre­mi­adas pela Effie.

O que fazer acerca disso

Pode ofer­e­cer exper­iên­cias “omni­canal” aos seus clientes em três áreas chave.

A primeira é o próprio pro­du­to (ou serviço). Por exem­p­lo, a Ahrefs é prin­ci­pal­mente uma platafor­ma SaaS, mas tam­bém esten­demos alguns dos recur­sos do nos­so pro­du­to para plu­g­ins, como o caso da nos­sa bar­ra de fer­ra­men­tas SEO para Chrome e Fire­fox e o nos­so plu­g­in SEO para Word­Press, com­ple­ta­mente gra­tu­ito. Des­ta for­ma, podemos fornecer dados con­tex­tual­mente e tornar os proces­sos mais con­ve­nientes para os nos­sos usuários.

A bar­ra de fer­ra­men­tas SEO para Chrome da Ahrefs’ per­mite que você veja todos os dados rela­ciona­dos com a área do SEO dire­ta­mente na pági­na de resul­ta­dos do motor de pesquisa.

A segun­da área é o apoio aos clientes. Pense em expandir os canais que podem ser usa­dos para chegar ao seu negó­cio. Não culpe os clientes por usar os canais de suporte “erra­dos”. Em vez dis­so, este­ja prepara­do para quais­quer per­gun­tas em todos os canais à sua disposição.

Soluções de mar­ket­ing con­ver­sa­cional, como chats ao vivo, são algo em que cada vez mais empre­sas investem. Se obser­var os dados que supor­tam este argu­men­to, faz todo o sentido:

  • 82% dos con­sum­i­dores esper­am uma respos­ta ime­di­a­ta a per­gun­tas sobre ven­das ou mar­ket­ing (Hub­spot).
  • 79% das empre­sas afir­mam que o chat ao vivo teve resul­ta­dos pos­i­tivos para fideliza­ção de clientes, ven­das e receitas (Kayako).
  • As con­ver­sas den­tro do Face­book Mes­sen­ger entre empre­sas e clientes têm uma taxa de con­ver­são 30% maior do que os anún­cios de retar­get­ing (Face­book).

A ter­ceira área é pro­moção. Como o estu­do da Effie men­ciona­do aci­ma provou, quan­to mais canais, melhor.

Por exem­p­lo, nós pro­move­mos o Ahrefs Web­mas­ter Tools por meio de vários canais: Twit­ter, YouTube, Google Ads, vários tipos de patrocínios e muito mais. Tam­bém exper­i­men­ta­mos canais novos sem­pre que pos­sív­el; (recen­te­mente, usamos o Brave Ads e Quo­ra Ads). Veja um exem­p­lo de anún­cio em vídeo.

Não inter­es­sa por onde pro­cure val­i­dação para esta afir­mação, você irá sem­pre encon­trar o mes­mo padrão:

  • 79% das pes­soas dizem que foram con­ven­ci­das a com­prar ou a faz­er o down­load de um soft­ware ou aplica­ti­vo depois de assi­s­tir a um vídeo (Wyzowl).
  • O YouTube é o segun­do web­site mais vis­i­ta­do nos EUA por tráfego orgâni­co (Ahrefs).
  • 91% dos profis­sion­ais de mar­ket­ing acham que a pan­demia tornou o vídeo ain­da mais impor­tante para as mar­cas (Wyzowl).
  • O vídeo é a prin­ci­pal for­ma de mar­ket­ing cri­a­da em 2021, segui­da por blogs (usa­dos por mais de metade das equipas de mar­ket­ing) e info­grá­fi­cos (Hub­spot).

O vídeo provou ser uma óti­ma “fer­ra­men­ta” para usuários e empre­sas. É real­mente muito difí­cil encon­trar uma razão sól­i­da para não inve­stir em mar­ket­ing de vídeo. Espe­cial­mente se o seu pro­du­to for mais bem demon­stra­do em vídeo do que expli­ca­do através de con­teú­do escrito.

O que fazer acerca disso

Se está no iní­cio da sua jor­na­da em mar­ket­ing de vídeo, o vídeo abaixo expli­ca como se pode preparar para o suces­so neste cam­po, mes­mo que não ten­ha equipa­men­to profis­sion­al, profi­ciên­cia em inglês ou exper­iên­cia em frente a uma câmara.

https://www.youtube.com/watch?v=QCgDIhvFkCM&list=PLvJ_dXFSpd2tsn8vwEmhFM0McBH4PhEty

Pre­cisa de mais? Não deixe de con­ferir a nos­sa playlist sobre o assun­to. Mostramos, aqui, como aproveitar ao máx­i­mo anún­cios no YouTube e faz­er SEO de vídeo, no YouTube, para ger­ar tráfego con­sis­tente e gra­tu­ito para os seus vídeos.

De acor­do com a Har­vard Busi­ness Review, a ciên­cia dos dados é “o tra­bal­ho mais sexy do sécu­lo 21”. Tam­bém acrescentou:

Se as empre­sas ficarem de fora dos primeiros dias dessa tendên­cia por fal­ta de tal­en­to, cor­rem o risco de ficar para trás à medi­da que con­cor­rentes e par­ceiros con­quis­tam van­ta­gens com­pet­i­ti­vas prati­ca­mente inatacáveis. 

Esse arti­go é de 2012. Cer­ca de 10 anos depois, um anal­ista (cien­tista) de dados é o número 2 no relatório 50 mel­hores empre­gos na Améri­ca para 2021 da Glass­door. E o número 1 é de desen­volve­dor Java, com um grau de sat­is­fação no tra­bal­ho equiparáv­el, mas com um salário base médio de 20 mil dólares mais baixo.

A tendên­cia da ciên­cia de dados é tão impac­tante que deixou a sua mar­ca no mar­ket­ing para sem­pre. Este estu­do da Altime­ter afir­ma que, de um con­jun­to de 11 aptidões, a análise de dados é a mais dese­ja­da entre os profis­sion­ais de mar­ket­ing digital.

E quan­do olhamos para alguns cur­sos de análise de dados, podemos ver que eles já estão adap­ta­dos e for­mata­dos para profis­sion­ais de marketing:

Os cur­sos abrangem muitos aspetos dis­tin­tos, des­de habil­i­dades avançadas de planil­has até pro­gra­mação em Python e R. Bas­ta olhar para o pro­gra­ma destes cur­sos e podemos ver prob­le­mas de mar­ket­ing com­plex­os que a análise de dados pode aju­dar, real­mente, aju­dar a resolver: rota­tivi­dade de clientes, dados de clientes mul­ti­fac­eta­dos, análise de sen­ti­men­tos, desem­pen­ho de uma cam­pan­ha, etc.

O que fazer acerca disso

A primeira eta­pa é conec­tar-se a fontes de dados de qual­i­dade. Existe uma fer­ra­men­ta de análise ded­i­ca­da para cada canal de mar­ket­ing exis­tente no mercado.

Por exem­p­lo, se quis­er aproveitar a pesquisa orgâni­ca, pre­cis­ará de uma fer­ra­men­ta de SEO pre­mi­um como a Ahrefs. Esta fer­ra­men­ta é a sua por­ta de entra­da para o vas­to con­jun­to de dados globais de pesquisa na web e backlinks.

Com as fer­ra­men­tas de SEO cer­tas, você tam­bém pode “espi­ar” os dados dos seus con­cor­rentes e ver onde pode mel­ho­rar comparativamente.

O segun­do pas­so é adquirir novas com­petên­cias em análise de dados.

As com­petên­cias bási­cas incluem dom­i­nar fór­mu­las de planil­has rel­e­vantes, enten­der estatís­ti­cas e perce­ber, ao mes­mo tem­po, como os seus dados são recol­hi­dos. Se acha que pode ben­e­fi­ciar de com­petên­cias ain­da mais avançadas, invista em apren­der sobre SQL, Python ou R.

Pos­to isto, o soft­ware de análise de mar­ket­ing já pode realizar mui­ta limpeza, análise e visu­al­iza­ção de dados para uma mel­hor com­preen­são da sua parte. Par­tic­u­lar­mente, a mais recente tec­nolo­gia de autom­a­ti­za­ção de mar­ket­ing tornou-se bas­tante notável.

Soluções como o Blueshift ou a Bloom­reach podem incluir e apre­sen­tar-lhe todos os pon­tos de dados do cliente, mis­turá-los em um ban­co de dados e per­mi­tir que você crie flux­os de tra­bal­ho de comu­ni­cação “omni­canal”, aciona­dos com base nas car­ac­terís­ti­cas do cliente, ações e até pre­visões de inteligên­cia artificial.

Con­segue iden­ti­ficar um momen­to no tem­po quan­do com­prar algo online era tão fácil, rápi­do e sem atritos/contratempos tan­to quan­to é hoje em dia?

É óbvio: os clientes são mais propen­sos a faz­er uma com­pra, quan­do as empre­sas facili­tam todo o processo.

Vamos obser­var alguns exem­p­los mais:

  • Atual­mente pode com­prar car­ros novos e usa­dos 100% online.
  • As empre­sas de super­me­r­ca­dos a fun­cionar tam­bém no dig­i­tal afir­mam que o tem­po médio de entre­ga demo­ra até 15 minutos.
  • Inve­stir no mer­ca­do de ações é muito fácil hoje em dia com aplica­tivos como Robin­hood ou eToro.
  • A Klar­na, cujo slo­gan é “o atal­ho para faz­er com­pras”, per­mite que com­pre algo online, mes­mo que não ten­ha din­heiro no momen­to da compra.
  • Por últi­mo, mas não menos impor­tante, pense em como você ficaria desapon­ta­do em 2022 se um pro­du­to SaaS não tivesse uma avali­ação gra­tui­ta ou algum tipo de ele­men­to “gra­tu­ito” associado.

O que fazer acerca disso

Dimin­ua o atri­to para qual­quer ação de con­ver­são que dese­ja que o usuário exe­cute. Seja inscr­ev­er-se na sua lista de e‑mail para rece­ber infor­mações sem­anais, seja inscreven­do-se para uma avali­ação ou até mes­mo no momen­to de faz­er uma com­pra. Como pode con­statar aci­ma, as empre­sas podem gan­har mais din­heiro quan­do facili­tam o fluxo do mesmo.

Mas antes de o faz­er, pare um momen­to para pen­sar se poderá pre­cis­ar de algum tipo de “atri­to”. Aqui estão alguns exemplos:

  • Fricção de um pon­to de vista de ger­ação de leads – Por exem­p­lo, pode desco­brir que o con­teú­do fecha­do (isto é, con­teú­do que requer que os usuários preen­cham for­mulário antes de aced­erem ao mes­mo) resul­ta em leads mais qual­i­fi­ca­dos, com mais pon­tos de dados disponíveis.
  • Fricção como medi­da de segu­rança – Por exem­p­lo, antes de tirar essa cap­tura de tela da Ama­zon, eu pre­ci­sei de pas­sar por um proces­so de ver­i­fi­cação de duas eta­pas para faz­er login na min­ha conta.

Já pas­saram dois anos des­de o iní­cio da pan­demia e todos esta­mos a viv­er no chama­do “novo nor­mal”. Dito isso, é razoáv­el per­gun­tar se o tra­bal­ho remo­to veio para ficar para sempre.

Pois bem, de acor­do com algu­mas estatís­ti­cas sobre o recente fenó­meno glob­al de tra­bal­ho remo­to, parece que a tran­sição para escritórios domés­ti­cos foi bem-sucedida.

Além dis­so, o tra­bal­ho remo­to provou ter as suas vantagens.

De acor­do com um estu­do de Stan­ford com 16.000 tra­bal­hadores ao lon­go de nove meses, um con­tra­to em regime de tra­bal­ho em casa aumen­ta a pro­du­tivi­dade em 13%. Moti­vo: ambi­ente de tra­bal­ho mais con­ve­niente, menos pausas e menos dias de doença.

Aqui ficam alguns bene­fí­cios mais:

  • Menos cus­tos em empre­gar trabalhadores
  • Mel­hor saúde mental
  • Aces­so a mel­hores opções/oportunidades de trabalho
  • Mais leal­dade por parte do trabalhador
  • Menos cus­tos com trans­porte até ao escritório (e menos tem­po dis­pendi­do em via­gens diárias)

Se você já tra­bal­hou remo­ta­mente, estou cer­to que tem os seus pros e con­tras bem claros.

No ger­al, con­tu­do, os fun­cionários estão ansiosos para con­tin­uar a tra­bal­har remo­ta­mente ou de for­ma híbri­da. De acor­do com a 10ª Pesquisa Anu­al da FlexJobs real­iza­da entre jul­ho e agos­to de 2021, um sur­preen­dente resul­ta­do de 97% dos tra­bal­hadores dese­jam man­ter, de algu­ma for­ma, o tra­bal­ho remo­to – seja total­mente remo­to ou híbrido.

E, de acor­do com out­ro estu­do, mais de metade dos fun­cionários quer tra­bal­har remo­ta­mente pelo menos três dias por semana.

Por­tan­to, sem dúvi­da, parece que o tra­bal­ho remo­to veio para ficar.

O que fazer acerca disso

O con­sen­so ger­al parece ser que, para se adap­tar a esta situ­ação, as empre­sas ado­tarão um mod­e­lo híbri­do: os fun­cionários pas­sarão alguns dias no escritório e out­ros em casa.

E out­ro estu­do da Mer­cer con­fir­ma esse mes­mo sen­ti­men­to: 70% das empre­sas dizem que planeiam ado­tar o mod­e­lo híbrido.

Nas estatís­ti­cas mostradas aci­ma, os profis­sion­ais de mar­ket­ing não são exceção. Quem sabe? Talvez os profis­sion­ais de mar­ket­ing sejam ain­da mais propen­sos a ado­tar o mod­e­lo remo­to. Afi­nal, não cos­tu­mamos expe­ri­en­ciar situ­ações que impliquem lidar com o cliente pres­en­cial­mente. E mes­mo se o fiz­er­mos, estas inter­ações podem ser feitas online. Além dis­so, acho que a maio­r­ia das fer­ra­men­tas que usamos para o orga­ni­zar e gerir o tra­bal­ho são baseadas numa nuvem, isto é, um qual­quer soft­ware de tra­bal­ho à distância.

Então, queri­dos ami­gos, profis­sion­ais de mar­ket­ing, vocês podem provavel­mente se verá tra­bal­han­do remo­ta­mente ou de for­ma híbri­da nos próx­i­mos anos. Há uma lição aqui tam­bém para os próprios empre­gadores: não se sur­preen­da se as pes­soas com quem você tra­bal­ha esper­am algum tipo de tra­bal­ho remo­to. Para encer­rar, deixe-me tam­bém com­par­til­har algu­mas dicas sobre como aproveitar ao máx­i­mo o tra­bal­ho remo­to com base na pesquisa que vi até agora:

  • Evite a men­tal­i­dade de “estar sem­pre disponív­el e online a qual­quer segun­do” – Este é um con­sel­ho tan­to para empre­gadores quan­to para empre­ga­dos. Muitas pes­soas relatam que, enquan­to tra­bal­ham em casa, sen­tem que estão con­stan­te­mente conec­ta­dos com o tra­bal­ho. Isto leva a uma menor pro­du­tivi­dade, menor sat­is­fação e a um esgo­ta­men­to profis­sion­al mais rápido.
  • Use as fer­ra­men­tas cer­tas – Por exem­p­lo, aqui na Ahrefs, alguns de nós são tra­bal­hadores remo­tos de qual­quer parte do mun­do, enquan­to out­ros estão local­iza­dos no escritório de Sin­ga­pu­ra (tra­bal­han­do remo­ta­mente de tem­pos em tem­pos). Des­ta for­ma, o nos­so mod­e­lo de tra­bal­ho é híbri­do de cer­ta for­ma, con­tu­do todas as fer­ra­men­tas que usamos são bas­tante amigáveis para ade­quar o tra­bal­ho remo­to. A nos­sa equipa pode faz­er login onde e quan­do pre­cis­ar de aced­er às mesmas.
  • Con­sidere mais tem­po pas­sa­do no escritório para con­tratações novas e para tra­bal­hadores ain­da inex­pe­ri­entes. Eles podem pre­cis­ar de apoio e uma ambi­en­tação à filosofia da empresa.
  • 87% dos fun­cionários dizem que o escritório é impor­tante para colab­o­rar com os mem­bros da equipa e con­stru­ir rela­ciona­men­tos (PWC). Isso mes­mo, ouviu bem; ter ami­gos no tra­bal­ho é muito impor­tante. Nós ape­nas temos que nos habit­u­ar a con­ver­sar mais com as pes­soas pela inter­net ao invés de pessoalmente.

Considerações finais

O futuro será sem­pre incer­to. Os profis­sion­ais de mar­ket­ing rara­mente se podem dar ao luxo de esper­ar que as coisas acon­teçam. Por­tan­to, a úni­ca opção para lidar com a incerteza é começar a agir. E espero, sin­ce­ra­mente, que o seu cam­in­ho para o suces­so se torne mais bril­hante à medi­da que você avança na carreira.

Espero que a lista aqui men­ciona­da das tendên­cias para o mar­ket­ing dig­i­tal este ano forneça algu­mas dicas sobre algu­mas “jogadas” inteligentes que você pode aplicar no futuro próximo.

Se tiv­er dúvi­das sobre mar­ket­ing em 2022 ou respostas (o que seria mel­hor ain­da!), con­tacte-me no Twit­ter.